31 outubro 2022

LULA ELEITO: A VITÓRIA DA CIVILIDADE FINALMENTE CHEGOU

31.10.2022
Do blog O CAFEZINHO


O dia 30 de outubro de 2022 estará marcado para sempre na história brasileira como a data que deu fim ao pesadelo que durou quatro anos. Digo esse período porque ainda faltam dois meses para esse governo coalhado de ilegalidades e crimes chegar ao fim.

A recondução de Luiz Inácio Lula da Silva, um cidadão e filho do Nordeste que assim como eu e outros milhares de brasileiros desta região sabe das dificuldades enfrentadas antes de conquistar uma vitória, representa não somente a volta do PT ao poder, mas a esperança do povo trabalhador por dias melhores.

O 1° pronunciamento de Lula como presidente eleito foi além da reconstrução, ele reforçou a necessidade fundamental de pacificar o Brasil e governar para todos. Será uma tarefa árdua, pois Jair Bolsonaro e seus aliados racharam a sociedade brasileira nos últimos quatro anos com ódio, mentiras e morte.

De qualquer forma, mais de 60 milhões de homens e mulheres mandaram seu recado nas urnas. Venceu a esperança, a civilidade e o direito de ser feliz de novo. Já Bolsonaro, espero que tenha guardado bastante dinheiro para os advogados, pois a partir de 1° de janeiro de 2023, os tribunais lhe aguardam.

A imagem que salvou o Brasil da barbárie e do caos. Por mais que esse governo tenha tentado sabotar seu direito de votar, o povo do Nordeste demonstrou que nada o abala. Parabéns a esse povo guerreiro e com espírito democrático!
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Fonte:https://www.ocafezinho.com/2022/10/31/lula-eleito-a-vitoria-da-civilidade-finalmente-chegou/

28 outubro 2022

Quero minha pátria de volta. Sem ódio

28.10.2022

Do portal BRASIL247, 27.10.22

Por Helena Chagas

"O bolsonarismo tentou roubar minha pátria. Mas ela é minha também, e tenho fé vamos recuperá-la no domingo - não para nós, mas para todos", diz Helena Chagas

E foi aí que eu fiquei com raiva de ter raiva. E refleti que o efeito mais nefasto da era bolsonarista, o risco maior que ele trouxe à democracia, foi este: fez um contingente enorme de brasileiros, seja de que lado estão, terem ódio de outros brasileiros. Nos últimos anos, passamos do patamar de adversários políticos, críticos pentelhos ou oponentes ideológico para o de inimigos e agressores, às vezes até físicos.

O caminho percorrido para chegar a esse grau de acirramento passou pela irresponsabilidade das elites, pela Lava Jato turbinada pela mídia, pelo impeachment de uma presidenta e pela prisão injusta de outro. Mas o ódio foi adubado e colhido por Jair Messias Bolsonaro, que tratou de distribuí-lo país afora, arrastando vizinhos que, até ontem, conversavam amigavelmente na padaria - embora tivessem credos políticos distintos.

É por isso que, mais do que resgatar os símbolos da minha pátria, eu gostaria - se, no domingo, vencer aquele que nós achamos que vai - de resgatar aqueles tempos em que se podia chegar nas festas e discutir política com nossos amigos contrários, entrar e sair do restaurante com nossas camisetas da cor que fossem, andar com o carro cheio de plásticos. A vida tinha muito mais graça.

Sem querer ser piegas, mas já sendo, queria voltar a abraçar meu amigo bolsonarista e combinar que o que passou, e nos distanciou tanto, não quebrou a amizade. Quem sabe, fingir que, no tempo da maldade, a gente nem tinha nascido. E tocar a vida, orando com Francisco, nosso Papa peronista, para que Nossa Senhora ajude a livrar o povo brasileiro do ódio. Amém!

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Fonte:Quero minha pátria de volta. Sem ódio - Helena Chagas - Brasil 247

Projeção em NY dá 'adeus' a Bolsonaro em sete idiomas a três dias de eleição

28.10.2022

Do portal MSN NOTÍCIAS/FOLHA DE SÃO PAULO

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Bye. Adiós. Adeus. Uma projeção de 76 metros de altura no centro de Manhattan, em Nova York, estampou na madrugada desta quinta-feira (27) imagens do presidente Jair Bolsonaro (PL) intercaladas pela palavra "adeus" em sete línguas diferentes.

A intervenção urbana, realizada a três dias do segundo turno da eleição brasileira, é obra de ativistas brasileiros e americanos que preferem se manter anônimos por receio de retaliações e de riscos à integridade física de integrantes do grupo. As imagens foram projetadas na empena cega do hotel Hilton.

Além dos "adeus" a Bolsonaro, as projeções fizeram outras críticas ao presidente e a seus filhos políticos. Uma delas mostra fotos de Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro ao lado da expressão "crime family" --família criminosa, em tradução livre.

Os três são alvos de suspeitas que incluem desvio de recursos públicos, contratação de funcionários fantasmas, compra de imóveis com pagamento em dinheiro vivo e envolvimento na organização de manifestações antidemocráticas. Eles negam irregularidades.

Ainda foi usada uma imagem do ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos que mataram a vereadora carioca Marielle Franco em 2018, morador do mesmo condomínio em que Bolsonaro tem casa na Barra da Tijuca.

O ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega, acusado de chefiar um grupo de matadores de aluguel pertencentes a uma milícia de Rio das Pedras, no Rio, também aparece entre as imagens, em uma montagem que diz: "Dinheiro vivo, gente morta".

Nóbrega teve uma irmã e a ex-mulher empregadas como funcionárias do gabinete de Flávio Bolsonaro quando deputado estadual, apontado como reduto de funcionários fantasmas. Ele também foi homenageado pelo filho do atual presidente. Foragido, Nóbrega foi morto durante um cerco à casa em que se escondia, na Bahia, em fevereiro de 2020.

A expressão "dinheiro vivo" ainda faz referência a reportagem do UOL que apontou o uso de recursos em espécie por Bolsonaro e seus familiares na compra de imóveis. O presidente nega irregularidades e disse, dias depois da publicação do texto, não ver problemas na prática, apontada por especialistas como meio para lavagem de dinheiro.

Em nota, os ativistas responsáveis pela projeção em Nova York informam que, às vésperas das eleições, querem chamar a atenção do mundo e dos brasileiros para as alegadas relações da família Bolsonaro com as milícias fluminenses, nas figuras de Lessa e Nóbrega.

Para o grupo, o mundo já reconhece Bolsonaro "por sua desastrosa condução da pandemia, por seu 'laissez-faire' em relação a crimes ambientais e por suas posições antidemocráticas, mas pouco se sabe ainda sobre sua proximidade com o crime organizado".

Intervenções semelhantes com críticas ao presidente já haviam sido feitas em Nova York quando o político viajou à cidade para participar da Assembleia-Geral da ONU, no mês passado e em setembro de 2021.

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Fonte:Projeção em NY dá 'adeus' a Bolsonaro em sete idiomas a três dias de eleição (msn.com)

25 outubro 2022

'Quem não vota em Bolsonaro não é bem-vindo': evangélicos abandonam igrejas

25.10.2022

Do portal UOL NOTÍCIAS

Incomodados com a pressão política e hostilizados dentro da própria igreja, evangélicos que não apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) têm deixado de frequentar os templos. O fenômeno ganhou impulso após a eleição de Bolsonaro, em 2018, e alcançou ainda mais força agora, na campanha para o segundo turno.

Eles dizem ter visto o púlpito ser usado para pedir votos ou para condenar opções políticas alinhadas com a esquerda. Quando se posicionam, acabam rejeitados ou são afastados de tarefas nos templos.

"O pastor começou o culto normalmente, falando de como criar filho, com amor, cuidado e respeito. Depois falou: 'não deixa seu filho fazer o 'L' (sinal de apoio a Luiz Inácio Lula da Silva) em casa, não'", conta a professora Joana (nome fictício), que frequentava uma igreja pentecostal no Rio.

"Não voltei. Enquanto não acabar a eleição, não vou", diz ela, de 43 anos. O desconforto começou ainda na pandemia, quando chegou a ouvir que máscaras e vacinas não funcionavam e que "a garantia era Deus".

Depois, com a proximidade das eleições, ela e o marido viram a pregação política tomar conta do púlpito — em geral, ocorre no início ou no fim do culto e principalmente quando a cerimônia não é transmitida pela internet, segundo conta.

Na reta final das eleições, Bolsonaro tem buscado ainda mais apoio entre os evangélicos, onde já leva vantagem. O presidente tem visitado igrejas evangélicas às vésperas do segundo turno.

Já o oponente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta acenar para o setor: na semana passada, divulgou uma carta aos evangélicos com posicionamento contrário ao aborto e favorável à liberdade religiosa. Segundo fiéis ouvidos pelo UOL, a "senha" na igreja para tentar convencer os eleitores é dizer que, em uma eventual vitória de Lula, os templos poderão ser fechados. Declarações sobre aborto também fazem parte da pregação.

"A gente não consegue ir a uma igreja em que não falem de política no fim do culto, em que não demonizem a esquerda", diz a professora, que faz uma peregrinação de templo em templo em busca de algum lugar com neutralidade política.

Para ela, há idolatria a Bolsonaro, "como se ele fosse um Deus".

E quem pensa o contrário acaba sendo escanteado. "Eles vão te colocando de lado, te tirando de cargos e funções", diz ela. "Você não é bem vindo se não votar em Bolsonaro."

O auxiliar administrativo Matheus Rocha, 23, de Iporã, no interior do Paraná, também sentiu o mesmo gelo na igreja pentecostal que frequentava.

"Nesse dia, não fui ao culto e repostei (nas redes sociais), por acaso, uma publicação de um pastor e teólogo que acompanho e que não apoia o presidente. Quando os membros da igreja viram, acharam que eu estava afrontando meu pastor", contou.

Rocha passou a ser confrontado pela igreja. Primeiramente, foi um parente do pastor. Depois, aos poucos, outros membros passaram a tratá-lo diferente, com frieza.

"O pessoal começou a não me cumprimentar com a 'paz do Senhor'. Viraram a cara mesmo. A panelinha fechou e eu e minha esposa ficamos jogados para escanteio. Essa situação ficou insustentável ao ponto de eu não conseguir mais frequentar as reuniões."

O pastor até procurou Rocha para uma conversa depois do primeiro turno, mas o tom não foi agradável, segundo ele.

"Ele falava que eu sofri uma lavagem cerebral. Queria mudar minha cabeça, como se eu tivesse de me arrepender da minha escolha política e disse que eu estava indo na contramão de toda a igreja", contou.

Ao final do papo, Rocha foi desligado como membro da comunidade. 

"O pessoal começou a não me cumprimentar com a 'paz do Senhor'. Viraram a cara mesmo." Matheus Rocha.

Os relatos são semelhantes aos de evangélicos de outras denominações e em várias cidades do país. Parte deles prefere não se identificar por medo de retaliações.

A auxiliar de escritório Gilda (nome fictício), de 39 anos, diz que desde criança frequentava uma igreja evangélica no bairro onde mora, em Belo Horizonte. Há um ano, o templo foi fechado depois que o pastor se opôs à presença de um candidato a deputado.

Ela até tentou frequentar outra igreja, mas não conseguiu porque o templo batista próximo de onde mora passou a ser dominado por pregação política. A mãe, evangélica fervorosa há décadas, também não tem ido à igreja por causa do alinhamento político.

"Se você é da esquerda, não vale nada", diz ela. Gilda tem posicionamentos alinhados com os da igreja em alguns pontos, como ser contrária ao aborto, mas não defende Bolsonaro. "Falam que você não é crente."

A faturista Mariana (nome fictício), de 32 anos, também foi tachada de "não crente" por amigos de uma igreja da qual se afastou quando publicou nas redes sociais uma mensagem de apoio a Lula nas eleições.

"Se você é da esquerda, não vale nada."Gilda (nome fictício).

Amigos evangélicos de longa data e até o pastor deixaram de segui-la. O caso é relatado sob lágrimas — para evangélicos, estar em contato com outras pessoas dentro da igreja faz parte da fé.

"A gente sente a presença de Deus em todo lugar, mas é diferente quando está na igreja, com pessoas que ama", diz ela, que frequenta o templo desde criança. "Sinto falta."

Fiéis que deixaram suas igrejas por pressão política buscam templos em que a política partidária não entre na pregação.

O pastor Valdinei Ferreira, da primeira igreja presbiteriana independente de São Paulo, diz receber evangélicos que não se sentem mais acolhidos. Uma delas chegou a fazer uma manifestação por escrito contra o templo que frequentava anteriormente.

O pastor Valdinei Ferreira diz receber fiéis hostilizados em outros templos
Imagem: Emir de Paulo.


Ele afirma não tolerar campanha para nenhum candidato dentro do templo — por isso, a igreja atrai fiéis incomodados em outras denominações — mas também diz sofrer pressão.

"Recebi um telefonema de assessor dizendo que o candidato (a deputado) iria à igreja, se eu poderia chamá-lo à frente para fazer uma oração", conta Ferreira. A reza seria para que fosse bem sucedido na campanha. Ele negou.

À espera do segundo turno 

Enquanto alguns buscam outros templos, há evangélicos que pararam de frequentar qualquer igreja e esperam ser possível retomar o contato depois do segundo turno das eleições.


Demax Silva Sarmento, 42, por exemplo, não encontrou em Belém, onde mora com a família, uma comunidade que não replicasse o discurso político e moral que o incomodou. 

O estopim para que deixasse a igreja batista foi algo chamado de "clamor pela nação" — que, na avaliação dele, soava como um clamor em prol de Bolsonaro.

"Era um discurso de medo, comunismo, fechamento de igrejas, aborto e esses temas. Eu me senti coagido dentro da minha própria comunidade." Por enquanto, ele pensa em voltar à igreja depois do fim das eleições e diz que não tem medo de sofrer algum tipo de represália. "Se ocorrer, com toda certeza sairei da comunidade."

Por enquanto, ele pensa em voltar à igreja depois do fim das eleições e diz que não tem medo de sofrer algum tipo de represália. "Se ocorrer, com toda certeza sairei da comunidade."

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Fonte:https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2022/10/24/nao-consigo-ir-a-uma-igreja-evangelica-que-nao-demonize-a-esquerda.htm?utm_source=twitter&utm_medium=social-media&utm_campaign=noticias&utm_content=geral

A neutralidade só desequilibra para o lado dos opressores

25.10.2022

Do portal MARCO ZERO, 24.10.22

Por Inácio França

Mais de 33 milhões de brasileiras e brasileiros passam fome neste momento. Destes, cerca de 4 milhões estão nestas condições em Pernambuco. No Agreste, onde fica a “Caruarulândia” da candidata Raquel Lyra, os números são ainda mais graves: a maior concentração de pobres de todo Estado: 59,62%. Ou seja, de cada 10 pessoas nesta Região, seis estão abaixo da linha da pobreza.

Bolsonaro não inaugurou uma só universidade, nem escola técnica. Não criou nenhuma escola de ensino fundamental. Mas o país assistiu à fundação de – pasmem! -, cerca de um Clube de Tiro por dia nos quatros anos do atual governo.

O Brasil deve atingir 700 mil mortos de covid-19 até o final do ano. A previsão orçamentária é um corte de 45% nos recursos destinados ao tratamento de pessoas com câncer em 2023, a segunda doença que mais mata no país. O Programa Farmácia Popular, de atendimento de remédios a quem sofre de hipertensão, diabetes, asma, assim como distribuição de fraldas geriátricas, dentre outras necessidades para os que mais precisam, sofrerá redução de 59%. E outros 50% de tesoura nas verbas do Mais Médicos.

É nesse cenário que encontramos a justificativa da candidata Raquel Lyra (PSDB) para não declarar o seu lado. Para não declarar o seu voto. É natural que ela não tenha condições políticas de se assumir de que lado ela vai sambar no próximo dia 30.

A tucana incorporou a personagem de uma entidade híbrida que, a um só tempo, quer carregar virtudes de Bolsonaro (como se houvesse alguma…) e de Lula (para atrair o voto dos derrotados ressentidos do primeiro turno e dos que vacilam na hora quando se mais precisa deles pra derrotar o fascismo).

Mas, no fundo, o motivo desse comportamento de “Pôncio Pilatos”, é um só: todas essas distorções de prioridades públicas, todos esses cortes previstos para os mais pobres serão revertidos para atender ao escândalo do Bolsolão (o chamado Orçamento Secreto), cuja base de sustentação política está toda entricheirada no palanque da candidata tucana e de sua vice, bolsonarista de carteirinha, Priscila Krause.

Na luta contra as desigualdades humanas, sociais, culturais e econômicas, as chances de possibilidades de neutralidade não existem. É zero. O homem é um ser social. Seu pensamento, suas ações, atitudes, comportamentos e valores são reflexos das contradições de classes existentes. A neutralidade, frequentemente defendida equivocadamente, só desequilibra para o lado dos opressores.

Portanto, nas circunstâncias que estão colocadas, a disputa eleitoral em Pernambuco entre Lula e Marília Arraes, de um lado; contra Bolsonaro e Raquel Lyra, do outro lado, a neutralidade política é uma soma de mito, ilusão, ingenuidade e que resulta, inexoravelmente, em farsa.

*Jornalista, ex-secretário de Imprensa do governo Miguel Arraes (1995-1998).

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Fonte:https://marcozero.org/a-neutralidade-so-desequilibra-para-o-lado-dos-opressores/

24 outubro 2022

GOVERNO BOLSONARO ANUNCIA CORTE NO SALÁRIO MÍNIMO E NA APOSENTADORIA, EM 2023

24.10.2022 
Do Twitter
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Fonte:https://twitter.com/fpassos1964/status/1584567729096269825

Roberto Jefferson é indiciado pela PF por 4 tentativas de homicídio

 24.10.2022

Do portal YAHOO!NOTÍCIAS

 Polícia Federal indiciou o ex-deputado Roberto Jefferson, aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), por quatro tentativas de homicídio contra os agentes da PF atacados por ele com tiros de fuzil e granadas.

Os policiais federais foram até a casa do parlamentar para cumprir um mandado de prisão, no domingo (23), expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Após o atentado, ele foi preso em flagrante delito por tentativa de homicídio qualificado após uma negociação que durou cerca de 8 horas. Duas armas de Roberto Jefferson foram apreendidas, entre elas um fuzil que foi usado por ele contra policiais que cumpriam ordem do STF.

A PF lavrou o procedimento de prisão em flagrante e também vai investigar como o ex-deputado teve acesso aos equipamentos e munições. Jefferson está no presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio, e vai passar por audiência de custódia na tarde desta segunda-feira (24) na Justiça Federal.

O presidente do PTB foi preso no domingo depois de horas de resistência, em que ele reagiu à tentativa de abordagem da PF com tiros de fuzil e granadas contra os policiais. Como mostrou a Folha de S.Paulo, foram mais de 20 disparos.

O sistema do Exército aponta que a licença CAC do ex-deputado estava suspensa e que ele não poderia ter ou transportar armas fora de Brasília.

Dois servidores da Polícia Federal que participavam da ação ficaram feridos pelos estilhaços da granada e foram levados ao hospital, sendo liberados em seguida. Ao todo, seis policiais participavam do trabalho na casa de Jefferson.

A PF ainda avalia como qualificar a reação do político, que pode responder por mais de dois crimes de tentativa de homicídio —a informação na manhã deste segunda é de que ele responderia por quatro tentativas. A pena para esse crime equivale à sua consumação, que varia de 6 a 20 anos.

"Como se vê, a conduta de Roberto Jefferson, ao atirar nos agentes policiais, configura, em tese, duplo crime de homicídio, na forma tentada, encontrando-se o agente em estado de flagrância, nos termos do art. 302 do Código de Processo Penal", afirmou Moraes em trecho da decisão que autorizou a prisão em flagrante.

O inquérito será conduzido na superintendência da PF no Rio Janeiro.

Em conversa com policiais dentro de sua casa, o ex-deputado disse que não atirou para atingir os agentes federais que participavam da ação. Vídeo que circula nas redes exibe Jefferson afirmando que as duas granadas jogadas eram de efeito moral e que disparou apenas contra a viatura quando não havia policiais dentro.

"Eu quero dizer uma coisa. Não atirei neles, eles sabem disso, eles sabem disso. Eu cheguei, eles estavam embaixo. Eu falei: vocês não têm como me levar, vocês não estão armados. Todo mundo sem colete, de peito nu", disse o petebista ao policial. A versão de Jefferson é que "só" um policial atirou nele, um "magrinho".

Em prisão domiciliar, o ex-deputado foi alvo da ação porque, segundo o ministro, descumprira medidas impostas pelo Supremo dentro de uma ação penal em que ele é réu por incitação ao crime e ataque a instituições.

por Camila Mattoso e Fábio Serapião, da Folhapress

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Fonte:https://br.noticias.yahoo.com/roberto-jefferson-e-indiciado-pela-pf-por-4-tentativas-de-homicidio-162735632.html

20 outubro 2022

Bolsonaro quer congelar salário mínimo e aposentadorias se for reeleito, diz Guedes

20.10.2022

Do portal da CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES - CUT NACIONAL

Ministro da Economia, que é contra pobre comer picanha e tomar cerveja, diz que, caso Bolsonaro seja reeleito, governo vai mudar índice de inflação que corrige os salários, para congelar valor

Nem picanha, nem cerveja, como o ministro da Economia, Paulo Guedes, quer que os brasileiros mais pobres vivam para sempre. Esse é o plano do governo de Jair Bolsonaro (PL), caso ele seja reeleito presidente da República, no próximo dia 30.

O trabalhador, a trabalhadora e os aposentados e pensionistas que ganham um salário mínimo por mês e já estão sofrendo o aperto provocado pela decisão do governo Bolsonaro de acabar com a Política de Valorização do Salário Mínimo criada pelos governos do PT,  receberam outra péssima notícia nesta quinta-feira (20).

O governo Bolsonaro prepara mais um ataque: o congelamento do valor do salário mínimo a partir do ano que vem. Foi isso o que disse Paulo Guedes, que já zombou várias vezes do sonho dos pobres de voltar a tomar cerveja e fazer um churrasquinho nos fins de semana, como faziam quando Lula (PT) era presidente do Brasil.

Segundo Guedes, o governo vai apresentar logo após o resultado do segundo turno das eleições, no próximo dia 30, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para que os salários, aposentadorias e benefícios, como, por exemplo, o seguro desemprego, sejam congelados, ou seja, não tenham sequer a reposição da inflação, o que derrubará ainda mais o poder de compra de milhões de brasileiros e brasileiras que, hoje, já têm dificuldades até para comprar comida. A revelação é do jornal Folha de São Paulo, que teve acesso ao texto da proposta de Guedes.

Numa época em que o grupo alimentação e bebidas acumula inflação de 9,54% no ano, de janeiro a setembro - na maior alta para os nove primeiros meses do ano, desde 1994 - os reajustes dos salários praticamente congelados podem levar à mais fome. Hoje metade da população brasileira, 125 milhões de pessoas não comem as três refeições diárias necessárias para manter uma boa saúde. Outros 33,1 milhões passam literalmente fome.

A estratégia do governo federal para congelar os salários

Para praticamente zerar os reajustes, o governo Bolsonaro quer mudar o índice que calcula a inflação. A ideia de Guedes é passar a usar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado para famílias que ganham até 40 salários mínimos, que costuma ser menor do que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), este último usado para calcular os reajustes do salário mínimo, aposentadorias, pensões e benefícios, que sempre é maior.

Para se ter uma ideia da dimensão da mudança, o INPC de 2021 teve alta de 10,16%, percentual usado na atualização do salário mínimo para R$ 1.212. Caso apenas a meta de inflação de 2022 fosse aplicada, a elevação seria de 3,5%. Se a opção fosse pela expectativa do início do ano para o IPCA em 2022, o reajuste seria de 5,03%, exemplificou o jornal.

Caso isso aconteça os prejuízos para os trabalhadores e beneficiários da Previdência Social serão enormes, diz Clemente Ganz Lúcio, assessor das Centrais Sindicais e ex-diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). 

70% dos trabalhadores ganham até dois salários mínimos e, se congelar o valor ou reajustar abaixo da inflação, vai haver menor crescimento, deprime 2/3 da base econômica do país, trazendo apenas mais pobreza e desigualdade. Esse arrocho é uma tragédia.
- Clemente Ganz Lúcio

“O que Guedes quer é o arrocho do aposentadoria e salários para manter o teto de gastos públicos, reduzindo os gastos do governo, que não teve capacidade de fazer uma reforma tributária para que os ricos paguem mais impostos, e que já cortou tudo o que podia, especialmente, das áreas da saúde e educação, com um brutal desinvestimento”, complementa.

O Teto de Gastos Públicos foi criado por uma PEC em 2016 pelo governo golpista de Michel Temer, que congelou os investimentos por 20 anos. Isto quer dizer que o governo não pode investir nenhum centavo acima da inflação.

“O que em tese, seria benéfico para manter o equilíbrio das contas públicas, num país como o Brasil com alta taxa de juros, só beneficia os rentistas, é um custo perverso e brutal de transferência de renda dos assalariados para os rentistas”, afirma.

Com Lula, é picanha e cerveja

Ao contrário de Bolsonaro, que pelo quarto ano consecutivo não dá reajuste do mínimo acima da inflação, o governo Lula criou a Política de Valorização do Salário Mínimo, que aumentou a renda de trabalhadores e aposentados em acima de 75%. O sucesso dessa política, colocou mais dinheiro na economia e ainda ajudou na criação de 20 milhões de novos empregos com carteira assinada.

Candidato que está na liderança das pesquisas de intenções de voto para este segundo turno, o ex-presidente Lula sempre defendeu que os trabalhadores e trabalhadoras devem ter reajustes decentes para que possam voltar a comer seu churrasco e beber a sua cervejinha; e não apenas isso, com a volta do poder de compra a fome pode ser combatida.

Já em março do ano passado, logo após ter sido inocentado pelo Supremo Tribunal Federal, das acusações feitas na Operação Lava Jato, comandada ilegalmente pelo ex-juiz Sérgio Moro, aliado de Bolsonaro, Lula deu entrevista e já falava que sua felicidade era ver o povo comendo picanha e tomando cerveja. Essa declaração continua sendo tem sido feita em diversos comícios e entrevistas de Lula que costuma dizer: “se preparem porque vamos voltar a fazer nosso churrasquinho no nosso final de semana com uma cervejinha gelada”. 

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Fonte:https://www.cut.org.br/noticias/bolsonaro-quer-congelar-salario-minimo-e-aposentadorias-se-for-reeleito-diz-gued-e42f

Igrejas evangélicas expulsam eleitores de Lula

13.10.2022
Do BLOG DA CIDADANIA


O estudante de Ciências Políticas Brenno Souza afirmou ter sido expulso de sua igreja, a Presbiteriana Oceânica, em Niterói (RJ), por ter postado em suas redes sociais uma foto com adesivos de Lula. Integrante do ministério de crianças da congregação, Souza disse que foi acusado pelo pastor da igreja evangélica de ser um “infiltrado para ensinar o marxismo cultural” às crianças.

A publicação da foto com adesivos de Lula foi em 2 de outubro. Na semana seguinte à votação, segundo Souza, ele foi chamado a um “gabinete” do presidente da igreja, o pastor Paulo Henrique Callado. Os gabinetes são sessões de aconselhamento entre fiéis e líderes evangélicos.

“Eu achava que seria um gabinete para falar sobre o ministério que eu comandava, o das crianças, mas eu comecei a ser questionado sobre por que eu havia votado no Lula. Eles me acusaram de estar ouvindo demais meus professores da faculdade e de ser um infiltrado para ensinar marxismo cultural para as crianças. No final da reunião, eu fui convidado a procurar outra igreja”, disse Souza à coluna.

Na igreja havia sete anos, Souza contou que o pastor da Presbiteriana Oceânica antes tentou convencê-lo a mudar de posição política para a “direita”. Diante de sua recusa, o pastor disse que ele deveria sair do ministério das crianças e procurar uma igreja que “concordasse com suas ideologias”.

O estudante afirmou que Callado costumava, durante algumas pregações, associar Lula ao “anticristo”, e dizer aos fiéis que evangélicos não poderiam votar em Lula.

A coluna procurou o pastor Paulo Henrique Callado, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço está aberto para manifestações.

(Atualização às 11h15 de 20 de outubro de 2022: Em nota, o pastor Paulo Henrique Callado afirmou que a igreja não interfere no direito do voto “em hipótese alguma”, mas ressaltou que a igreja não pode disseminar “ideologias que advoguem princípios contrários à fé cristã”, sem detalhar que ideologias são essas. “Ideologias que advoguem princípios contrários à fé cristã não podem encontrar guarida nem serem disseminadas em uma comunidade que decide viver de acordo com os ensinamentos constantes da Palavra de Deus”. E acrescentou: “Em caso de conflitos sempre prevalecerá a liberdade de auto-organização da igreja. Causa perplexidade que se levante a hipótese de que alguém possa ter sido desvinculado de alguma atividade da igreja por conta do exercício do direito do voto, pois se trata de uma decisão individual, esfera em que não há, em hipótese alguma, interferência da igreja”. A coluna perguntou ao pastor por que, então, o estudante foi expulso, mas Callado não respondeu.)

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Fonte:https://blogdacidadania.com.br/2022/10/igrejas-evangelicas-expulsam-eleitores-de-lula/

Nós e a notícia é um blog de notícias atuais