22 setembro 2023

Mauro Cid, não se esqueça dos que podem voltar a tocar o apito de cachorro

 22.09.2023

Do portal BRASIL247, 21.09.23

Por Moisés Mendes

O coronel delator conhece disseminadores e financiadores do golpe que fazem parte de uma categoria de fascistas ainda fora do alcance do sistema de Justiça

Um mané do 8 de janeiro, inconformado com o uso de tornozeleira, já ficou famoso com o vídeo em que ataca o Supremo e se queixa da falta de libido e até de forças para rezar. Considera-se um perseguido.

“Podem vir pra cima de mim”, avisa o sujeito. O que o pequeno golpista diz sem volteios e sutilezas é o que muitos grandes golpistas disseram depois da eleição e antes do 8 de janeiro às vezes com alguns cuidados.

O mané chorão do vídeo é apenas um dos ouvintes do apito de cachorro. Os golpistas que faziam malabarismos para atiçar a turba eram os que tocavam o apito.  

Generais, empresários e até um ministro do TCU tocaram o apito para a cachorrada. Esses não vão produzir vídeos, como o mané da tornozeleira, porque nem tornozeleira usam. Ainda não.

Um tocador do apito do golpe pediu aos fiéis que mantivessem a fé. Outro foi para um restaurante de beira de estrada para dizer que não desistissem porque ainda dava. O apito informava apenas que ainda dava.

Tudo acontecia depois da eleição de Lula. Um tocador de apito mais descarado avisava que havia forte movimento na caserna, com desenlace imprevisível para a nação. Mas Bolsonaro tinha o controle da situação. Acovardado no Alvorada, mas com o controle.

Um famoso líder empresarial do agro é pop, do tempo da ditadura, chamou a manezada em vídeo para que acampasse na frente dos quartéis.

Esse foi explícito, direto, por confiar em quem havia dado a ordem para a convocação e ter certeza do golpe. Todos os tocadores de apito atacavam o STF, as urnas e a eleição e diziam temer o comunismo.

Mas muitos bom de bico não tocaram o apito, apesar de convocados pelos militares e por Bolsonaro. Esse podem contar um dia detalhes da ordem que receberam.

Mauro Cid conhece os que tocaram e financiaram apitos e os que se negaram a tocar. Os que se recusaram a chamar a turba serão convidados, quando a democracia for restabelecida por completo, a falar do que sabem. Por que não tocaram o apito do cachorro?

Por que não mandaram mensagens de zap aos tios golpistas? Por que não foram para churrascarias de beira de estrada, fantasiados de verde e amarelo, para dizer que ainda dava?

O país merece ter acesso às revelações dos que foram convocados, negaram-se a tocar o apito, mas continuam por aí, podendo ir para um lado ou outro, dependendo do que acontecer mais adiante.

Muitos dos que não apitaram para a cachorrada continuam, mesmo que ainda vacilantes, abertos à possibilidade de um dia apitar. Outros não apitaram e nunca apitarão.

O sujeito com tornozeleira, que não reza e nem transa mais, é o mané sequelado e revoltado, talvez de uma maioria que não se submete à resignação. Mas é um mané. Ele quer ouvir o apito de novo.

Os que tocavam o apito, principalmente os que têm poder econômico, estão quietos. Alguns terceirizavam suas missões com apitadores-laranjas.

Outros já disseram, depois de derrotados, que estão no mesmo avião com Lula. Tenha a coragem de delatá-los, Mauro Cid. Diga quem são e como integravam a copa e a cozinha de Bolsonaro.

A cachorrada do 8 de janeiro não é o grande perigo para a democracia. Os que continuam nos ameaçando são os que se encolheram mas estão, ainda impunes, com o apito na gaveta.

São grandes empresários fascistas, jornalistas, blogueiros, influencers e picaretas em geral misturados a civis e fardados do Planalto.

Os que tocaram o apito continuam orando e transando numa boa, enquanto os manés-banzés mais sensíveis se desesperam. Vá em frente, Mauro Cid.

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Fonte:https://www.brasil247.com/blog/mauro-cid-nao-se-esqueca-dos-que-podem-voltar-a-tocar-o-apito-de-cachorro

19 setembro 2023

Educação inclusiva para surdos: uma estratégia pedagógica inclusiva e não apenas integrativa

19.09.2023

Postado por Irineu Messias

A educação inclusiva é um direito fundamental de todos os cidadãos, inclusive das pessoas com deficiência. No Brasil, a Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996 e a Lei Brasileira de Libras (Libras) de 2002 garantem o direito à educação inclusiva para todos os alunos, independentemente de sua condição.

No caso da educação de surdos, a inclusão escolar deve ser baseada em uma estratégia pedagógica inclusiva, e não apenas integrativa. A integração escolar é um modelo que busca inserir os alunos com deficiência em classes regulares, sem considerar suas necessidades específicas. Já a inclusão escolar é um modelo que busca atender às necessidades de todos os alunos, incluindo os alunos com deficiência, através de uma educação que seja acessível e equitativa.

Uma estratégia pedagógica inclusiva para surdos deve considerar os seguintes aspectos:

  • Reconhecimento da língua de sinais: a língua de sinais é a língua natural dos surdos. O reconhecimento da língua de sinais como língua oficial da comunidade surda é essencial para a inclusão escolar dos surdos.
  • Educação bilíngue: a educação bilíngue é um modelo de educação que oferece aos surdos o ensino da língua de sinais e da língua portuguesa, na modalidade escrita. A educação bilíngue é a melhor forma de garantir o desenvolvimento pleno dos surdos, tanto na linguagem quanto no conhecimento.
  • Adaptações curriculares: os alunos surdos podem precisar de adaptações curriculares para acessar o conteúdo escolar. Essas adaptações podem incluir recursos visuais, tecnologias assistivas e modificações no currículo.
  • Formação de professores: os professores devem ser capacitados para atender às necessidades dos alunos surdos. A formação de professores deve incluir o ensino da língua de sinais e de metodologias de ensino inclusivas.

A inclusão escolar dos surdos é um desafio, mas é um desafio que pode ser superado. Através de uma estratégia pedagógica inclusiva, os alunos surdos podem ter acesso a uma educação de qualidade, que lhes permita desenvolver seu potencial pleno e participar da sociedade de forma plena e igualitária.

Alguns exemplos de práticas pedagógicas inclusivas para surdos:

  • Uso de recursos visuais: o uso de recursos visuais, como imagens, gráficos e vídeos, pode ajudar os alunos surdos a compreender o conteúdo escolar.
  • Aplicação de tecnologias assistivas: as tecnologias assistivas, como aparelhos auditivos, implantes cocleares e softwares de tradução, podem ajudar os alunos surdos a acessar o conteúdo escolar.
  • Modificações no currículo: as modificações no currículo podem incluir a redução da carga horária de algumas disciplinas, a adaptação do conteúdo para a língua de sinais e a inclusão de atividades extracurriculares voltadas para os surdos.
  • Atividades colaborativas: as atividades colaborativas podem ajudar os alunos surdos a desenvolver suas habilidades sociais e de comunicação.

Através dessas práticas, os professores podem criar um ambiente de aprendizagem inclusivo, onde todos os alunos, incluindo os surdos, possam aprender e se desenvolver.

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