28 fevereiro 2023

Lula recebe dose bivalente contra Covid-19 no primeiro dia do Movimento Nacional pela Vacinação

28.02.2023

Do portal do MINISTÉRIO DA SAÚDE, 27.02.23

Por Nathan Victor/Ministério da Saúde

Presidente condenou negacionismo, enalteceu a ciência e disse que tomar vacina é gesto de responsabilidade

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu a dose bivalente da vacina contra o coronavírus nesta segunda-feira (27), durante o lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação. A série de ações tem o objetivo de recuperar as altas coberturas vacinais no Brasil.

Na solenidade, Lula chamou a população para se imunizar contra a Covid-19 e outras doenças, em um apelo para que o País volte a dar exemplo para o mundo, quando o assunto é vacinação. “Queria fazer um apelo a cada mãe, a cada avó, a cada pai, a cada avô, adolescente e a cada criança: não acreditem no negacionismo. Não querer tomar vacina é um direito de qualquer um, mas tomar vacina é um gesto de responsabilidade e de garantia que você vai passar para sua família”, disse o presidente.

"Daqui para frente, quando vocês virem um aviso na TV, no rádio, que estão dando vacina na cidade de vocês, não sejam irresponsáveis. Vão lá tomar a vacina. Essa é a única garantia de não morrer por falta de responsabilidade", acrescentou o mandatário, que teve o imunizante aplicado pelo vice-presidente da República e médico, Geraldo Alckmin.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, comemorou a volta do Zé Gotinha. “Vamos proteger nossas vidas. Esse movimento tem que ser do governo federal, dos governos estaduais, municipais, de toda a sociedade. É o movimento em defesa da vida. União e reconstrução. Viva o SUS. Viva a volta do Zé Gotinha”, declarou.

O evento aconteceu no Centro de Saúde Nº 1 do Guará, região administrativa do Distrito Federal a 16 km do centro de Brasília. Entre outras autoridades, participaram do lançamento a representante da Opas/OMS no Brasil, Socorro Gross, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes e a secretária de vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

Força-tarefa pela vida

Na primeira etapa, a vacinação será com doses de reforço bivalentes contra a Covid-19 em pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença. Neste primeiro momento, serão vacinados idosos acima de 70 anos, pessoas imunocomprometidas, funcionários e pessoas que vivem em instituições permanentes, indígenas, ribeirinhos e quilombolas. Cerca de 18 milhões de brasileiros fazem parte desse grupo e o Ministério da Saúde distribuiu cerca de 19 milhões de doses de vacinas Covid-19 para todos os estados e o Distrito Federal.

Em seguida, conforme o avanço da campanha e o cronograma de entrega de doses, outros grupos serão vacinados, como as pessoas entre 60 e 69 anos, as pessoas com deficiência permanente, os trabalhadores da saúde, gestantes e puérperas e a população privada de liberdade. Esses grupos precisam ficar atentos às informações de seus municípios para saber o momento de procurar uma unidade de saúde.

É importante reforçar que, para quem faz parte do público-alvo, é necessário ter completado o ciclo vacinal para receber a dose de reforço bivalente, respeitando um intervalo de quatro meses da última dose recebida. Já quem ainda não completou o ciclo vacinal ou está com alguma dose em atraso, pode procurar uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo que não esteja no grupo prioritário.

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Fonte:https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/fevereiro/lula-recebe-dose-bivalente-contra-covid-19-no-primeiro-dia-do-movimento-nacional-pela-vacinacao

Depressão, o mal do século

28.02.2023

Editado por Irineu Messias

A depressão é considerada por muitos como o mal do século. Trata-se de uma doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, causando um grande impacto na vida pessoal, social e profissional das pessoas.

A depressão é caracterizada por sentimentos de tristeza, desesperança, falta de energia e perda de interesse nas atividades cotidianas. Esses sentimentos podem afetar a capacidade de uma pessoa de lidar com as tarefas diárias, causando um impacto negativo em sua qualidade de vida e bem-estar.

As causas da depressão podem ser complexas e variadas, incluindo fatores biológicos, psicológicos e sociais. Fatores como desequilíbrios químicos no cérebro, eventos estressantes da vida, histórico familiar de depressão e problemas de relacionamento podem contribuir para o desenvolvimento da doença.

A depressão pode afetar qualquer pessoa, independentemente de sua idade, gênero, classe social ou status. Infelizmente, muitas pessoas que sofrem de depressão sentem-se estigmatizadas e isoladas, o que pode tornar a luta contra a doença ainda mais difícil.

Felizmente, existem tratamentos eficazes para a depressão. A terapia psicológica e os medicamentos antidepressivos são os principais tratamentos utilizados para ajudar as pessoas a superar a doença. Além disso, a prática de atividades físicas, meditação, alimentação saudável e a busca por apoio social também podem ser benéficas para quem sofre de depressão.

É importante lembrar que a depressão é uma doença real e que não deve ser ignorada ou minimizada. Se você ou alguém que você conhece está lutando contra a depressão, é importante procurar ajuda profissional. Não há necessidade de sofrer em silêncio ou sozinho, e com o tratamento adequado, a depressão pode ser superada.

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27 fevereiro 2023

DICAS DE COMO APRENDER INGLÊS DE FORMA MAIS RÁPIDA E DESCOMPLICADA

26.02.2023

Editado por Irineu Messias

Aqui estão algumas dicas para aprender inglês de forma mais rápida e descomplicada:

  1. Pratique todos os dias: A prática diária é fundamental para aprender inglês mais rapidamente. Dedique pelo menos 15 a 30 minutos por dia para praticar, seja lendo, ouvindo, escrevendo ou falando em inglês.

26 fevereiro 2023

Os entregadores de aplicativo e os direitos trabalhistas

01.03.2023

Editado por Irineu Messias

Os entregadores de aplicativos, como os de comida e de produtos, têm se tornado cada vez mais comuns no mercado de trabalho atual. No entanto, muitos desses trabalhadores enfrentam problemas relacionados a seus direitos trabalhistas, uma vez que a relação trabalhista é muitas vezes informal.

Os entregadores de aplicativos geralmente são classificados como autônomos, o que significa que eles não têm os mesmos direitos trabalhistas que os funcionários registrados. Eles não têm acesso a benefícios como seguro saúde, férias remuneradas e direitos trabalhistas básicos, como o direito a um salário mínimo e horas de trabalho regulares.

Além disso, muitos entregadores de aplicativos relatam longas jornadas de trabalho, baixos salários e falta de proteção contra acidentes de trabalho. Com a falta de regulamentação da relação trabalhista, muitas vezes esses trabalhadores são obrigados a arcar com seus próprios custos de seguro e manutenção da bicicleta ou motocicleta que usam para trabalhar.

Recentemente, houve esforços para garantir que os entregadores de aplicativos tenham direitos trabalhistas adequados. Vários países têm lutado para reclassificar os trabalhadores autônomos como funcionários registrados, o que garantiria a eles acesso a benefícios trabalhistas básicos.

Além disso, algumas empresas de entrega de aplicativos têm começado a implementar mudanças para melhorar a vida dos entregadores. Algumas empresas agora oferecem seguro de acidentes para entregadores e estão trabalhando em horários de trabalho mais regulares e justos.

No entanto, ainda há muito a ser feito para garantir que os entregadores de aplicativos tenham os mesmos direitos trabalhistas que os funcionários registrados. É necessário um esforço conjunto das empresas, governos e organizações de trabalhadores para garantir que os entregadores de aplicativos sejam tratados com justiça e dignidade, recebendo os mesmos direitos trabalhistas que todos os outros trabalhadores.

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Sindsprev-PE participa de seminário da CUT no SINDSEP

26.02.2023

Do portal do SINDSPREV.PE, 18.02.23

No último dia 15, o Sindsprev-PE participou de um seminário da CUT-PE no auditório do Sindsep. O tema principal abordado foi "Atualização da Legislação trabalhista e Sindical". Foram apresentados e debatidos os textos dos grupos de trabalho de negociação coletiva, trabalhadores de aplicativos, servidores públicos e valorização do salário mínimo. De forma remota, o seminário contou com a presença de dirigentes da CUT nacional e de sindicatos de vários municípios de Pernambuco.

O Brasil tem 1,5 milhão de trabalhadores por aplicativo, o que corresponde a cerca de 19 estádios do Maracanã lotados. São trabalhadores que realizam suas tarefas por meio de ações mecânicas, como entregadores de produtos, acionados por meio de aplicativos pelo celular. Este grupo representa 93%, aproximadamente 1,3 milhão de todos os profissionais da categoria. Os dados são de pesquisa da Universidade Federal do Paraná (UFPR) com dados referentes a 2021.

No seminário foi mencionado o avanço do diálogo com os trabalhadores de aplicativo, pela regularização deles. Inicialmente a dificuldade era convencê-los de que existe ali uma relação de trabalho e não de “empreendedorismo”. A organização sindical visa fortalecer o trabalhador e não prejudicá-lo. “Essa é uma pauta que nos interessa pois o movimento sindical cutista possui uma máxima que é a da solidariedade de classe. Somos trabalhadores que usufruem desses serviços e portanto também lutamos pelos os seus interesses.” afirmou o secretário geral do Sindsprev, Irineu Messias.

Esse diálogo faz parte da mesa nacional permanente de negociação do serviço público federal, realizada em Brasília e que conta com a presença das lideranças da CUT e das demais centrais sindicais. O Sindsprev-PE acredita que o debate sobre o reajuste do salário mínimo e das condições de trabalho envolvem aspectos que passam desde o setor privado ao setor público. Precisamos permanecer firmes na luta contra a precarização das relações de trabalho e contra a exploração dos trabalhadores.

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Fonte:https://www.sindsprev.org.br/site/noticia/28264/sindsprev-pe-participa-de-seminario-da-cut-no-sindsep

O PERIGO DAS FAKE NEWS PARA AS DEMOCRACIAS MODERNAS

26.02.2023

Editado por Irineu Messias*


Com a facilidade de acesso à informação e a rápida disseminação de notícias nas mídias sociais, as fake news se tornaram uma ameaça crescente para as democracias modernas. As notícias falsas podem ser criadas com o objetivo de manipular a opinião pública e influenciar eleições, e a disseminação desenfreada dessas informações pode enfraquecer a confiança nas instituições democráticas.

Um dos principais problemas com as fake news é a falta de veracidade e de credibilidade. Quando as notícias falsas são divulgadas, elas podem ser facilmente compartilhadas em redes sociais, grupos de WhatsApp e outras plataformas, alcançando milhões de pessoas em questão de minutos. Além disso, muitas vezes as pessoas são mais propensas a acreditar em informações que reforçam suas crenças ou opiniões, o que pode levar à propagação ainda mais rápida de notícias falsas.

Outro problema com as fake news é que elas podem ter consequências graves. As notícias falsas podem prejudicar a reputação de indivíduos ou organizações, bem como influenciar a opinião pública e até mesmo as eleições. Em alguns casos, as fake news podem levar a medidas extremas, como o linchamento ou a violência contra indivíduos inocentes.

As plataformas de mídia social têm um papel importante na disseminação de fake news. Embora as empresas de mídia social estejam implementando medidas para combater o problema, como a verificação de fatos e a remoção de conteúdo falso, a disseminação de notícias falsas continua sendo uma ameaça.

Para combater o problema das fake news, é importante que as pessoas aprendam a verificar as fontes das informações que consomem e a serem críticas em relação ao que compartilham. As instituições de mídia também têm a responsabilidade de verificar os fatos e fornecer informações precisas e confiáveis para o público. As autoridades governamentais também têm um papel importante a desempenhar na proteção da democracia contra notícias falsas, promovendo a educação e o pensamento crítico.

Em resumo, as fake news representam uma ameaça real para as democracias modernas. Para proteger nossas instituições democráticas, é importante que as pessoas aprendam a verificar as fontes de informação e a serem críticas em relação às informações que consomem. As plataformas de mídia social e as instituições de mídia também devem trabalhar para combater a disseminação de notícias falsas e promover informações precisas e confiáveis. Somente assim podemos garantir que nossas democracias permaneçam fortes e funcionais.

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23 fevereiro 2023

Dr. Rosinha: Os que estão nas ruas praticando atos de terrorismo contrariam a vontade de Deus ou Nele não acreditam

23.02.2023

Do blog VI O MUNDO, 26.12.22

Por Dr. Rosinha*, no Plural

Se a queda de uma simples folha é vontade de Deus, imagine a decisão sobre os destinos do Brasil, o país, segundo dizem, mais cristão do mundo

TPE, TPO e TPP

Ufa!, até que enfim, passou a TPE (Tensão Pré Eleitoral) e, ao contrário do que ocorria em eleições anteriores, que era o vencedor festejar e o perdedor lamber as próprias feridas, iniciou – pelo golpismo do derrotado – a TPO (Tensão Pós Eleição) e a TPP (Tensão Pré Posse).

Até recentemente o perdedor reconhecia a vitória do adversário e se declarava, pela vontade do eleitorado, oposição.

Agora o atual derrotado, sob as mais diversas mentiras, nega o resultado eleitoral e com mais ódio e maior agressividade alimenta e estimula seus seguidores a praticarem atos terroristas.

Onde querem chegar?

Sabemos onde desejam chegar, a dúvida é se conseguirão impor-nos uma ditadura, caso não consigam vem outra questão: até quando continuarão com os atentados terroristas?

Rir de quem?

Na rua pedindo votos as candidatas e candidatos que apoiei, ouvia cotidianamente a citação do nome de Deus e, às vezes a de Satanás. Eram inúmeros “Deus me livre”, “Se Deus quiser”, “Sai Satanás”, …

No segundo turno piorou: ouvi coisas que até o diabo ficaria com vergonha.

Me mandaram várias vezes para o inferno. Ninguém me mandou para o céu.

Nestes momentos lembrava-me do poema/comentário, Da imparcialidade, de Mario Quintana:

O homem – eternamente escravo de suas paixões pessoais –

É absolutamente incapaz de imparcialidade.

Só Deus é imparcial.

Só Ele é que pode, por exemplo,

Abençoar, ao mesmo tempo,

As bandeiras de dois exércitos inimigos que vão entrar em luta…

O embate político/eleitoral deste ano foi quase uma guerra, ambos os adversários – um mais, outro menos – clamaram por Deus. A partir destes e de tantos outros clamores foram me surgindo perguntas:

— Deus, como escreve Quintana, neste caso foi imparcial e abençoou as duas bandeiras ou tomou posição a favor de uma?

— Se atendeu só um dos lados, qual o critério que usou para decidir?

— Tomada a decisão, orientou a estratégia para a vitória?

Supondo que abençoou os dois, será que no fundo do seu íntimo, torceu por um ou simplesmente pensou: que vença o melhor? Mas, para quem acredita na força divina sabe que o melhor depende da vontade de Deus.

Nas ruas me sugiram muitas perguntas, pena que parte delas evaporaram, mas Deus que tudo ouve e lê – até pensamentos – sabe o que pensei.

Houve – como sempre existiu – alguns fanáticos e charlatães dizendo que receberam mensagens ou que falaram com Deus e em nome Dele pediam votos para as suas candidaturas. Nesta situação específica também me surgiu perguntas:

— Com o avanço da tecnologia qual foi o meio usado para o diálogo e/ou receber estas mensagens?

— Ou foi mesmo através do método antigo: a telepatia?

Terminada a eleição, a luta, a intriga, o evento, a guerra, os dois competidores e seus respectivos “exércitos”, imagino, voltaram os olhos à Deus: um para agradecer e o outro para lamentar.

— Ou será que o perdedor foi além dos lamentos e acusou Deus de traição ou de abandono?

— Será que terminado o processo eleitoral, Deus por ter sido imparcial, riu dos dois?

Pode também, não ter abençoado nenhum, e assistiu tudo de camarote, neste caso também, rio dos dois.

Imaginei que também pode ter rido de si próprio, pois errou na estratégia daquele que Ele desejou a vitória e foi derrotado.

Não. Esta última hipótese não existiu, foi só uma troça minha.

Explico: há um dito que diz, “não cai uma folha sequer de uma árvore sem a permissão de Deus”.

Se a queda de uma simples folha é vontade de Deus, imagine a decisão sobre os destinos do Brasil, o país, segundo dizem, mais cristão do mundo. Deus com certeza não fez como Pilatos e lavou as mãos.

Tenho absoluta certeza que os que estão nas ruas e estradas protestando e praticando atos de terrorismo – apesar de clamarem tanto o nome do Senhor – contrariam a vontade de Deus ou Nele não acreditam.

*Dr. Rosinha é médico pediatra, militante do PT. Pelo PT do Paraná, foi deputado estadual (1991-1998) e federal (1999-2017).  De maio de 2017 a dezembro de 2019, presidiu o PT-PR. De 2015 a 2017, ocupou o cargo de Alto Representante Geral do Mercosul.

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Fonte:https://www.viomundo.com.br/arapuca/dr-rosinha-os-que-estao-nas-ruas-praticando-atos-de-terrorismo-contrariam-a-vontade-de-deus-ou-nele-nao-acreditam.html

17 fevereiro 2023

SEM JUROS BAIXOS NÃO HÁ CRESCIMENTO!

17.02.2023

Do Twitter

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Fonte:https://pbs.twimg.com/media/FpHciPmXgAEEVcR?format=jpg&name=small

FGTS: Trabalhador demitido receberá valor integral mesmo se fizer saque-aniversário, diz Marinho

17.02.2023

Do portal MSN NOTÍCIAS,16.02.23

Por Matheus de Souza

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou, em entrevista ao SBT News, que a partir de março, mesmo quem tiver antecipado o saque-aniversário junto ao banco por meio de um empréstimo consignado poderá também fazer o saque-rescisão. “O que nós vamos imediatamente (fazer) é tirar o trabalhador da armadilha, em que um demitido não pode sacar o seu fundo”, declarou.

O saque-aniversário foi instituído em 2019, no governo Bolsonaro. Pelo mecanismo, o trabalhador pode sacar parte do seu saldo de FGTS anualmente, no mês de aniversário. Mas caso seja demitido, receberá apenas o valor referente à multa rescisória e não o valor integral da conta. Na modalidade tradicional, conhecida como saque-rescisão, o trabalhador, quando demitido sem justa causa, tem dire

De acordo com Marinho, a mudança no modelo atual - onde os optantes pelo saque-aniversário perdem o direito ao saque-rescisão - não depende de alteração na lei, necessária apenas a decisão do conselho curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Segundo o ministro, a maioria do colegiado apoia sua posição.

“Talvez os bancos fiquem isolados, só os conselheiros dos bancos (discordem da decisão)”, pontuou. Crítico do saque-aniversário, Marinho diz que acabar com a modalidade depende de mudança na lei pelo Congresso Nacional, ou de uma Medida Provisória (MP), mas que isso não está sendo discutido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ainda segundo o titular da pasta, as mudanças vão garantir que todos os contratos de empréstimos concedidos pelos bancos tendo o FGTS como garantia sejam respeitados. Segundo ele, os valores comprometidos com o crédito consignado não poderão ser sacados pelo trabalhador. Mas o recurso restante vai ficar disponível para saque nos casos emergenciais.

“É evidente que os bancos não vão tomar calote. Estamos discutindo oferecer ao trabalhador que ele seja o agente, de dizer ao banco qual é a regra, e não o banco dizer qual é a regra. Foi demitida? Vou quitar de uma vez a dívida”, afirmou.

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Fonte:FGTS: Trabalhador demitido receberá valor integral mesmo se fizer saque-aniversário, diz Marinho (msn.com)

16 fevereiro 2023

Altamiro Borges: Em editorial, O Globo praticamente inocenta Bolsonaro por atual tragédia dos Yanomami

16.02.2023
Do blog VI O MUNDO, 15.02.23

Globo inocenta Bolsonaro na tragédia Yanomami

Por Altamiro Borges, em seu blog

Charge: Cau Gomez/Grifo -- Jornal dos cartunistas da Grafar

Em editorial publicado nesta segunda-feira (13), o jornal O Globo quase que inocentou o genocida Jair Bolsonaro pela matança dos povos Yanomami.

Segundo o diário da famiglia Marinho, que sempre foi tão leviano ao satanizar os ex-presidentes Lula e Dilma e estigmatizar as forças de esquerda, é impossível culpar o fascista por mais este crime: “Será preciso provar a intenção de aniquilar os ianomâmis, condição essencial para tipificar o genocídio. Nada disso está claro”.

“A acusação que desperta a maior controvérsia é a de genocídio, bordão entre opositores de Bolsonaro, ouvido também em declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Trata-se do crime mais hediondo, definido nos textos legais como atos cometidos ‘com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso’… Mas será difícil para as autoridades comprovar que essa era a intenção dele [Bolsonaro] ou de qualquer integrante de seu governo”, conclui o estranho editorial.

Será que a Globo decidiu pegar mais leve com o fascista? Quais as motivações?

Fascista cortou a comida dos povos indígenas

O que mais falta para comprovar o crime bárbaro cometido pelo fascista contra os povos yanomamis? O que mais é preciso para condenar o “capetão” por genocídio e, inclusive, levá-lo ao Tribunal de Haia por crimes contra a humanidade?

Neste domingo (12), o jornalista Carlos Madeiro postou no site UOL que o “governo Bolsonaro soube da fome e cortou comida de yanomamis”. A reportagem apresentou os ofícios que expõem mais essa crueldade.

“Ofícios da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), do Ministério da Saúde, revelam que o governo cortou a alimentação doada a yanomamis, mesmo após alertado da grave situação e do pedido da manutenção de entrega de comida aos indígenas”.

“Os documentos foram enviados entre junho de 2021 e março de 2022 aos ministérios da Justiça e Segurança Pública e da Cidadania. Dois deles foram obtidos pela coluna e comprovam que tramitaram ao menos três pedidos com sérios alertas do órgão sobre a situação nutricional dos yanomamis. Eles relatam também os impactos de uma parada de distribuição de comida por meio do programa ADA (Ação de Distribuição de Alimentos a Grupos Populacionais Tradicionais)”.

A matéria inclusive apresenta uma cronologia dos documentos, confirmando que o genocídio foi planejado pelo fascista. Mesmo assim, o jornal O Globo avalia que “não há provas do genocídio”. Sinistro!

Leia também:

Tarso Genro e Marcelo Carneiro da Cunha: Por um Tribunal Russell sobre o genocídio Yanomami

Mais de 60 entidades denunciam fala ‘desumana e leviana’ do governador de Roraima sobre os Yonamami; leia nota


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Fonte:https://www.viomundo.com.br/politica/altamiro-borges-em-editorial-o-globo-praticamente-inocenta-bolsonaro-pela-atual-tragedia-dos-yanomami.html

15 fevereiro 2023

Novo Minha Casa, Minha Vida protege brasileiros de espertalhões e atravessadores como Deltan Dallagnol

15.02.2023
Do portal BRASIL247
Por Joaquim de Carvalho

Em 2014, ex-coordenador da Lava Jato comprou dois apartamentos que eram destinados a famílias de baixa renda ou renda média

Deltan e o condomínio inaugurado por Lula em seu terceiro mandato (Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert/PR)

Na medida provisória que criou o novo Minha Casa, Minha Vida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva limitou a venda das novas moradias a famílias que têm, no máximo, renda mensal de 8 mil reais brutos.

Com essa limitação, o governo blinda os brasileiros de baixa renda ou de renda média de especuladores como Deltan Dallagnol, que, entre 2013 e 2014, comprou dois apartamentos em Ponta Grossa, Paraná.

Ele pagou por um dos imóveis R$ 76 mil e por outro, R$ 80 mil. Os apartamentos, próximos do campus de uma universidade pública, ficaram desocupados durante anos, até que ele vendeu um, pelo dobro do valor. O outro continuava fechado quando estive lá, em 2021.

Dallagnol pagou à vista pelos imóveis, que tinham recebido subsídio federal para sua construção. E não havia norma legal que proibisse. À época, apenas as habitações de interesse social, correspondentes a cerca de 20% das construções, tinham algum tipo de restrição para a venda.

Ele pagou por um dos imóveis R$ 76 mil e por outro, R$ 80 mil. Os apartamentos, próximos do campus de uma universidade pública, ficaram desocupados durante anos, até que ele vendeu um, pelo dobro do valor. O outro continuava fechado quando estive lá, em 2021.

Dallagnol pagou à vista pelos imóveis, que tinham recebido subsídio federal para sua construção. E não havia norma legal que proibisse. À época, apenas as habitações de interesse social, correspondentes a cerca de 20% das construções, tinham algum tipo de restrição para a venda.

Quando me deu entrevista, em 2015, Inês já tinha deixado a Secretaria Nacional de Habitação e explicou por que não conseguiu evitar que pessoas como Deltan Dallagnol atravessassem o caminho daqueles a quem o governo queria que os imóveis fossem entregues.

“Impedir que quem tem dinheiro compre é interferir nas regras de mercado. Mas esta é uma discussão que temos de fazer: quem tem dinheiro pode comprar imóvel destinado ao Minha Casa Minha Vida?", disse.

Quando me deu entrevista, em 2015, Inês já tinha deixado a Secretaria Nacional de Habitação e explicou por que não conseguiu evitar que pessoas como Deltan Dallagnol atravessassem o caminho daqueles a quem o governo queria que os imóveis fossem entregues.

“Impedir que quem tem dinheiro compre é interferir nas regras de mercado. Mas esta é uma discussão que temos de fazer: quem tem dinheiro pode comprar imóvel destinado ao Minha Casa Minha Vida?", disse.
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14 fevereiro 2023

Operação Lesa Pátria: PF cumpre 8 mandados de prisão contra terroristas de Brasília

14.02.2023

Do portal DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO

Publicado por Yurick Luz, no DCM

 Bolsonaristas golpistas provocaram caos em Brasília em 8 de janeiro – Foto: EVARISTO SA/AFP

Nesta terça-feira (14), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma nova fase da Operação Lesa Pátria contra os atos terroristas promovidos por simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro.

Esta 6ª fase da operação tenta cumprir oito mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão, todos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os alvos estão em Goiás, Minas Gerais, Paraná, Sergipe e São Paulo. Até as 8h30, quatro dos oito mandados de prisão já tinham sido cumpridos.

De acordo com informações do G1, em Sergipe, um mandado de busca e apreensão foi cumprido contra o bolsonarista Luciano Oliveira dos Santos, de Itabaiana. Ele está preso em Brasília desde o dia das invasões. Já em São Paulo, há pelo menos três mandados sendocumpridos na capital e em Campinas.

O sergipano de Itabaiana, Luciano Oliveira dos Santos, conhecido como Popó Bolsonaro – Foto: Reprodução/Instagram

Conhecido como Popó Bolsonaro, o apoiador do ex-chefe do Executivo é irmão do ex-presidente da Câmara dos Vereadores de Itabaiana, Zé Roberto. Ele também aparece em um vídeo invadindo o prédio do Congresso no dia dos atos golpistas.

”Aqui gente, o Congresso! Esplanada, Esplanada, o povo tomou, tem que ser desse jeito! Bora gente…tomar spraymentada em pé, bora. Esses vagabundos covardes! Ô Gente, vem!”, disse o bolsonarista durante a gravação.

Vale destacar que os suspeitos de participação e financiamento no atos terroristas são investigados por seis crimes:

  • abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado;
  • dano qualificado;
  • associação criminosa;
  • incitação ao crime;
  • destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
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Fonte:https://www.diariodocentrodomundo.com.br/operacao-lesa-patria-pf-cumpre-8-mandados-de-prisao-contra-terroristas-de-brasilia/

09 fevereiro 2023

Clipe: JESUS, O SUMO SACERDOTE DIVINO E PERFEITO.Hb 9:11-15,22

09.02.2023
Do canal do Pastor Irineu Messias

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Fonte:https://youtu.be/hFo2l-BjHGU

ILHA DA MADEIRA, PORTUGAL:Comissão de inquérito quer ouvir presidente da Madeira sobre "obras"

09.02.2023

Do portal NOTICIAS AO MINUTOS

Comissão de inquérito quer ouvir presidente da Madeira sobre "obras"

O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, e os empresários Avelino Farinha e Luís Miguel Sousa vão ser chamados a prestar declarações na Assembleia Legislativa sobre "obras inventadas" na região, indicou hoje a comissão de inquérito requerida pelo PS.

Os nomes foram aprovados na primeira reunião deste órgão, na qual foi definida a metodologia de trabalho, tendo sido apresentadas duas propostas - uma do PS, outra do PCP -, mas os partidos da maioria - PSD e CDS-PP - levantaram várias objeções relacionadas com o regime jurídico e votaram contra o requerimento apresentado pelos comunistas, aprovando apenas parte da proposta socialista.

A comissão de inquérito tem por base um pedido com caráter potestativo apresentado pelo grupo parlamentar do PS/Madeira, a maior força política da oposição (ocupa 19 dos 47 lugares no hemiciclo) e visa investigar o "favorecimento dos grupos económicos pelo Governo Regional, pelo presidente do Governo Regional e secretários regionais e obras inventadas, em face da confissão do ex-secretário regional Sérgio Marques, em declarações ao Diário de Notícias, suscetível de configurar a prática de diversos crimes".

Em causa estão as acusações de Sérgio Marques, em declarações ao Diário de Notícias publicadas em 15 de janeiro, de "obras inventadas a partir de 2000", quando Alberto João Jardim (PSD) era presidente do executivo madeirense, e grupos económicos que cresceram com o "dedo do Jardim".

O social-democrata, que fez também parte do primeiro Governo de Miguel Albuquerque (PSD) como secretário regional do Assuntos Europeus e Parlamentares, entre 2015 e 2017, e à data das declarações era deputado do PSD à Assembleia da República pelo círculo da Madeira, afirmou ainda que foi afastado do cargo por influência de um grande grupo económico da região.

O PS/Madeira pretendia ouvir 12 entidades e requeria também a "totalidade dos documentos" relacionados com várias obras, mas o presidente da comissão de inquérito, o social-democrata Adolfo Brazão, esclareceu que o regime jurídico define que cada deputado pode indicar apenas um nome.

Os três deputados socialistas aceitaram que fossem chamados os três primeiros da sua lista, nomeadamente o presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, e os empresários madeirenses Luís Miguel de Sousa (Grupo Sousa) e Avelino Farinha (grupo AFA).

Em relação aos documentos, o regime jurídico aponta que cada deputado pode requerer dois documentos específicos, sendo que o presidente da comissão quis dar um prazo de três dias ao PS para indicar quais, mas os socialistas recusaram.

Os socialistas pretendiam também a realização de perícias judiciais para apurar datas e prazos de pagamento de várias obras, mas a maioria recusou a proposta.

Deste modo, os trabalhos da comissão arrancam sem consulta de documentos e apenas com a audição das três entidades requeridas, após o que os deputados podem chamar outras pessoas ao abrigo do direito potestativo.

A proposta de trabalho do PCP, que apontava para a audição de seis personalidades, incluindo Sérgio Marques, que entretanto renunciou ao mandato de deputado na Assembleia da República, foi chumbada com os votos de PSD e CDS-PP.

A comissão de inquérito sobre "obras inventadas" na Madeira é composta por quatro deputados do PSD, três do PS, um do CDS-PP e um do PCP, sendo que o JPP prescindiu da sua representação.

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Fonte: https://www.noticiasaominuto.com/politica/2194676/comissao-de-inquerito-quer-ouvir-presidente-da-madeira-sobre-obras

08 fevereiro 2023

Defender a democracia: um dever evangélico baseado na história e na Bíblia

08.02.2023
Do portal REVISTA ULTIMATO ON LINE, 09.01,23
Por Paul Freston

O pecado é uma das grandes justificativas da democracia. Com a “queda” aprendemos que nenhuma esfera social – indivíduos, igrejas, partidos, nações – ficou isenta dos efeitos do pecado
 
Escrevo logo depois do primeiro turno da eleição presidencial de 2022. Diante da extrema polarização do país, inclusive (ainda que não em porcentagens iguais) do eleitorado evangélico, e diante da probabilidade de um segundo turno apertado, deixando uns eufóricos e outros muito tristes, é extremamente importante, seja quem for o candidato perdedor, que os seus apoiadores evangélicos, mesmo lamentando o resultado, fiquem dentro das normas democráticas de reconhecimento da legitimidade do vencedor.
 
Por que é tão importante que os evangélicos deem exemplo nesse sentido? Por causa da história. E por causa da Bíblia.
 
A história

Das grandes correntes religiosas (cristãs e não cristãs), o protestantismo, inclusive sua vertente evangélica, tem historicamente a relação mais próxima com o desenvolvimento da democracia. Princípios como a soberania popular, a ampliação do sufrágio, os direitos inalienáveis, a liberdade religiosa e o estado não confessional tiveram seus primeiros defensores entre os dissidentes protestantes do século 17 (os batistas, os niveladores, etc.). Nas palavras de um dos primeiríssimos batistas, em 1614: “Que sejam [as pessoas] hereges, turcos, judeus ou o que for, não compete ao governo puni-los”. Ou nas palavras de Roger Williams, fundador da colônia de Rhode Island: “O estado não deve ser cristão, mas meramente natural, humano e civil”.
 
Além disso, elementos do ensino protestante evangélico e da sua vida organizacional ajudaram a democratização: a dessacralização do poder político; o “sacerdócio de todos os crentes”, que significava o direito à dissidência individual; a ênfase na pecaminosidade universal, o que sugeria distribuição de poderes e mecanismos de accountability; a vida congregacional como treinamento em liderar, organizar e falar em público; o incentivo à alfabetização... Ademais, fez uma grande contribuição histórica ao desenvolvimento dos direitos humanos, sendo uma das principais maneiras como o cristianismo operou contra a tendência de idolatrar o estado. Sem falar da imensa contribuição evangélica à evolução do humanitarismo.
 
É verdade que muito disso aconteceu em outros tempos e em outros lugares. Mas é significativo que, numa pesquisa de 2006, os pentecostais brasileiros afirmaram, tanto quanto a população em geral, o valor dos processos democráticos, preferindo um governo participativo a um líder forte, e preferindo a separação entre Igreja e Estado. 
 
A Bíblia

Será impossível aqui fazer justiça às implicações democratizantes que permeiam a Bíblia. Mas vejamos algumas pinceladas.
 
A primeira afirmação bíblica sobre o ser humano fala da “imagem de Deus”, polemizando com as ideias pagãs do Antigo Oriente Médio que atribuíam a imagem de Deus somente ao rei. Ainda mais escandalosamente, a Bíblia afirma que tanto homens como mulheres estão na imagem de Deus. As implicações democratizantes disso são enormes.
 
Quando a Bíblia fala em seguida da “queda”, aprendemos que nenhuma parte da vida humana – bem como nenhuma esfera social (indivíduos, igrejas, partidos, nações) – ficou isenta dos efeitos do pecado. É por isso que o apóstolo Paulo, levantando uma doação das igrejas gregas para os cristãos de Jerusalém, insistiu em ser vigiado por um delegado escolhido por elas. Era questão de pecadores controlando pecadores. E nas leis de Moisés, sobressai a ênfase na igualdade de oportunidade para participar responsavelmente dos assuntos públicos.
 
O projeto de Deus é que as pessoas sejam convidadas a participar responsavelmente do governo do universo, até na maneira como Deus constitui a igreja cristã. No que podemos chamar de as “cartas constitucionais” da comunidade cristã (as listas de dons do Espírito em Romanos 12 e 1 Coríntios 12), vemos a mesma ênfase. Apesar da grande diferença entre as listas, o princípio da distribuição é o mesmo: o Deus bíblico dá dons a todos, mas não dá todos os dons a ninguém, estabelecendo assim a igualdade e a interdependência.
 
Temos ainda a declaração radicalmente democrática de Gálatas 3.28, de que em Cristo não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher. A democracia ateniense excluía o forasteiro, o escravo e a mulher, mas Paulo afirma explicitamente a inclusão dessas três categorias. Será que ele se referia somente à vida eclesiástica? É improvável que o apóstolo do Mestre que havia ensinado a parábola do Bom Samaritano dissesse que esse princípio se aplicava somente à igreja e não ao comportamento do cristão na sociedade.
 
Ainda outro argumento bíblico pela democracia é o que podemos chamar de recato político cristão. Não podemos (biblicamente) ser tão dogmáticos quanto gostaríamos de ser a respeito das questões políticas. Isso, por três razões.
 
Primeiro, pela ausência de uma receita política bíblica. O judaísmo tem a lei de Moisés e o islã tem a lei sharia, mas o cristianismo não tem lei neste sentido. Temos que relacionar, com fidelidade e humildade, a revelação bíblica às realidades sociopolíticas do nosso próprio contexto.
 
Em segundo lugar, pelas diferenças entre os mundos bíblicos e o nosso mundo. O Novo Testamento foi escrito para uma pequena comunidade transnacional que não controlava território e não tinha possibilidade alguma de poder político. Por outro lado, o Antigo Testamento foi escrito para uma comunidade nacional que de fato lidava com essas questões. Mas nenhum país hoje está na situação do Israel do Antigo Testamento. Por isso, em matéria de política, o cristianismo se caracteriza por um certo recato, um não dogmatismo, um amplo espaço livre de discordância legítima.
 
E, em terceiro lugar, por causa da complexidade dos fenômenos políticos e da natureza da política como a arte do possível, fazendo com que pessoas que tiram os mesmos princípios políticos da Bíblia possam divergir a respeito do que é possível fazer hoje no Brasil.
 
Vemos, então, o valor fundamental da democracia como reflexo tanto da antropologia cristã como do caráter de Deus expresso na maneira como trata a humanidade desde o começo.
 
A “comunhão” universal humana no pecado é uma das grandes justificativas da democracia; ninguém (e nenhum grupo ou instituição) merece ter poderes ilimitados e não supervisionados sobre seus semelhantes. Mas a fé cristã se caracteriza também por um otimismo realista na possibilidade de melhorar o mundo. Nas palavras de Reinhold Niebuhr, a propensão humana para o bem torna a democracia possível, e a propensão humana para o mal torna a democracia necessária! Ou seja, amar ao próximo inclui a defesa da democracia.
 
E os evangélicos?

Os evangélicos, munidos dessa teologia, deveriam ser o segmento menos vulnerável a desvios antidemocráticos. Mas, às vezes, a nossa época é vista como excepcionalmente desafiadora, devido ao acentuado pluralismo de valores e de estilos de vida. Devemos lembrar que o pluralismo é normal; só não é assim sob alguma forma de autoritarismo político. O cristianismo se expandiu, por mais de trezentos anos, por um império romano extremamente pluralista. Tal pluralismo não causou nos primeiros cristãos o saudosismo por uma época mais uniforme, nem criou demandas por um regime mais repressivo.
 
A liberdade de expressão é um dos direitos mais fundamentais do ser humano. Sem ela, não há como navegar pacificamente a extrema diversidade de experiências humanas; não há como aprimorar a boa governança; e não há como reconhecer a verdade e a ela responder em todos os campos, inclusive o religioso. A necessidade dessa liberdade foi reconhecida muito cedo na história cristã. Por volta do ano 200, o teólogo Tertuliano disse: “É um direito humano fundamental, um privilégio da natureza, que todo ser humano possa adorar segundo as suas próprias convicções. A religião de uma pessoa não ajuda nem prejudica outra pessoa”. Essa convicção foi lamentavelmente abandonada por boa parte do cristianismo posterior, em aliança idólatra com o Estado.
 
Seria, portanto, inusitado e esdrúxulo que evangélicos brasileiros hoje quisessem fechar o processo democrático. Querer romper com a democracia é idolatria do Estado! É idolatrar o poder estatal como solução. É como querer separar o joio do trigo antes do tempo, é arrogar-se uma tarefa que só pertence a Deus. Aqueles que querem derrubar o resultado das urnas porque “o outro lado é comunista/fascista” estão traindo o evangelho. E aqueles que querem derrubar o resultado das urnas porque “houve fraude”, que apresentem provas e contestem de acordo com os procedimentos do estado de direito.
 
A democracia não existe para garantir a vitória do nosso lado nem da nossa visão da sociedade. Ela existe para permitir a defesa continuada de projetos diversos para a sociedade, inclusive o nosso.
 
Com todas as imperfeições, a democracia brasileira permite a possibilidade de apresentar um amplo leque de visões para o futuro do país. Aqueles cristãos que se encantam por pretensas soluções não democráticas deveriam recordar o ditado de Churchill, de que a democracia é o pior sistema de governo já inventado, com exceção de todos os outros. A distância no tempo nos faz romantizar os experimentos não democráticos do passado (seja de esquerda ou de direita), procurando atalhos que se revelam como pistas falsas. Tanto a história como a boa teologia cristã nos confirmam isso.
 
As democracias morrem quando os atores principais rejeitam as regras democráticas do jogo; quando toleram ou encorajam a violência; quando negam a legitimidade dos seus rivais; e quando expressam o desejo de coibir as liberdades civis de seus adversários, inclusive na mídia. A democracia brasileira talvez venha a morrer... mas que os evangélicos não sejam nem seus assassinos nem seus coveiros!

Paul Freston, inglês naturalizado brasileiro, é professor colaborador do programa de pós-graduação em sociologia na Universidade Federal de São Carlos e professor catedrático de religião e política em contexto global na Balsillie School of International Affairs e na Wilfrid Laurier University, em Waterloo, Ontário, Canadá.

Originalmente publicado na edição 398 de Ultimato.
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Fonte:https://www.ultimato.com.br/conteudo/alianca-crista-evangelica-brasileira-lamenta-e-repudia-ataque-aos-tres-poderes-e-convoca-a-igreja-a-oracao-pelo-brasil

Frente parlamentar em defesa do serviço público define pauta prioritária para 2023

08.02.2023

Do portal CÂMARA DOS DEPUTADOS, 06.02.2023

André Figueiredo: Brasil deve ser reconstruído a partir do serviço público valorizado
Discussão e votação de propostas. Dep. André Figueiredo PDT-CE

A Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público realizou nesta segunda-feira (6) a primeira reunião de trabalho da atual legislatura com a definição das pautas prioritárias para o ano. A frente é presidida pelo deputado André Figueiredo (PDT-CE), líder do partido na Câmara.

A reunião contou com a presença de sindicatos, organizações e entidades de classe. Dentre as principais pautas para o ano estão a reestruturação salarial dos servidores, o financiamento das entidades de classe do funcionalismo, a negociação coletiva e o direito de greve, além da organização sindical no serviço público.

Também serão priorizadas a extensão do mandato classista com ônus para a administração pública e a recomposição da força de trabalho na administração pública.

Durante a reunião, Figueiredo destacou a importância do fortalecimento do Estado brasileiro, especialmente para a população mais humilde. “É fundamental que o Brasil seja reconstruído a partir do servidor e do serviço público valorizado. Aqui eu me coloco como soldado, para que a gente possa, no Parlamento, propiciar que a frente seja escutada”, disse o deputado.

Ele também afirmou que o ano será diferente dos anteriores. “Temos um governo federal que tem a compreensão, pelo menos na sua essência, da importância que tem o serviço público e, por consequência, a valorização do servidor público como um todo”, disse Figueiredo.

Papel do colegiado

A Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público é constituída por representantes de todas as correntes de opinião política do Congresso Nacional e tem como objetivo estimular a discussão sobre o serviço público no Brasil.

O compromisso é pela realização de debates, seminários e outros eventos para o aperfeiçoamento do serviço público. Também é finalidade da frente parlamentar o intercâmbio com organizações semelhantes e parlamentos de outros países, visando o aperfeiçoamento dos respectivos serviços públicos.

Reportagem – Janary Júnior
Com informações do gabinete do deputado André Figueiredo
Edição – Ana Chalub

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Fonte:https://www.camara.leg.br/noticias/937418-frente-parlamentar-em-defesa-do-servico-publico-define-pauta-prioritaria-para-2023/

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