24 agosto 2022

Memórias de um servidor: a história de Irineu Messias

24.05.2022

Do portal do SINDSPREV, 22.08.22

Irineu Messias

Histórias são sempre importantes para o desenvolvimento da sociedade. Já nos dizem os estudiosos que elas têm uma relação direta com o homem em seu tempo, e essa relação investiga o que os homens fizeram, pensaram e sentiram enquanto seres sociais. Sem dúvidas, Irineu Messias, secretário-geral do Sindsprev Pernambuco é um homem repleto de conhecimento e a História perpassa em suas palavras nos poucos minutos de prosa que dedica aos seus ouvintes.

Quando Irineu cita seus feitos de luta como sindicalista, ele fala dos tempos de ditadura militar. Quando ele cita as suas vivências, cita o cenário político de cada uma delas e as explica com riqueza de detalhes. Não fosse essa sua característica, uma entrevista de 40 minutos de conversa não mencionaria com precisão a monocultura do açúcar, que levou sua mãe solo a trafegar pelo êxodo rural, saindo da cidade de Vicência — Mata Norte de Pernambuco e ocupando os morros de Casa Amarela, residindo nas comunidades periféricas do Alto do Eucalipto e Alto do Refúgio, por exemplo.

Irineu é filho de empregada doméstica aposentada, que mesmo com pouca leitura era devota dos livros e o fez assumir essa prática quando ainda era criança, por incentivo também de sua avó sem alfabetização mas muito incisiva na prioridade de seus estudos. A luta das mulheres faz parte da construção histórica do nosso secretário que ingressou na militância ainda no ginásio, desafiando sua diretora autoritária, em 1980 nos tempos que estudava na Escola Municipal do Vasco da Gama, ao criar o centro cívico da escola e ser eleito o primeiro presidente: “esse fato é minha primeira lembrança de militância e a partir daí tomei gosto pelos movimentos sociais”, afirma.

A pobreza extrema vivida por sua família não deteve o desempenho do servidor. Numa corrida incessante com os estudos nos quais se aliava, aos 19 anos, Irineu foi aprovado no concurso público e tornou-se servidor do Ministério da Saúde. Três meses após já estava envolvido na grande greve que aconteceu em 1987. “Eu sei que tinha pouco tempo de carreira, mas como servidor do Hospital Agamenon Magalhães entendia a importância daquela luta. Nós, servidores públicos federais, não tínhamos sequer sindicato para nos organizar enquanto instituição trabalhista e foi com essa grande greve que conseguimos essa conquista”, relatou.

Outro fato marcante em sua vida foi a luta pelo SUS, com ações desde visitas nas comunidades periféricas a atos políticos em praça pública para falar dos direitos dos trabalhadores da saúde, do maqueiro e do auxiliar de limpeza, ao médico em sala de cirurgia. 

A história do sindicalista perpassa  pelo Ministério da Saúde mas também pelo Ministério da Previdência, lotado na Junta de Recursos. O mesmo já foi dirigente do Sindsprev-PE (1996), mas também presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Seguridade Social (CNTSS/CUT) entre os anos de 2003 e 2007. Nesse tempo, representou mundialmente a comissão de saúde nacional em Genebra, na Suíça, além de palestrar em conferências na Itália, Argentina e Peru. Os servidores de estados brasileiros como Maranhão e aqui em Pernambuco, também já assistiram depoimentos de suas lutas.

Para Irineu, militante e pastor evangélico, sua fé é fonte de forças para lutar pelas pessoas em situação de fraqueza, mais pobres e até mesmo em vulnerabilidade:  “sou crente pentecostal da assembleia de Deus e nunca houve conflito entre minha fé e a militância política. É possível fazer isso nos princípios bíblicos e foi aí que eu vi que estava sendo absolutamente correto já que quando o assunto é luta, há as pessoas que não querem, também existem as pessoas que não podem e tem outras que têm medo de lutar pelos seus direitos. Nossa missão é lutar também por essas pessoas”, concluiu. 

Deputado Isaltino Nascimento e Irineu Messias

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Fonte:https://sindsprev.org.br/site/noticia/28178/memorias-de-um-servidor-a-historia-de-irineu-messias

23 agosto 2022

Mesmo em guerra, há racismo escancarado

23.08.2022
Do portal ULTIMATO ON LINE,11.03.22
Por Jacira Monteiro

Mesmo em guerra, há racismo escancarado Século 21 e os negros continuam sendo considerados sub-humanos, mas não deveria ser assim. Mesmo em guerra, há racismo escancarado


Século 21 e os negros continuam sendo considerados sub-humanos, mas não deveria ser assim.

Cidadãos africanos têm denunciado que estão sofrendo discriminação e racismo ao tentar atravessar a fronteira e fugir da guerra. Em uma transmissão do Jornal Welt, traduzido e postado no Twitter pelo advogado Joel Luiz Costa, há um relato perturbador de um africano que tentava fugir da guerra. Ele disse ao repórter: “Há muita hostilidade, sobretudo de mulheres brancas. Eu estava em vagão e pediram pra eu me retirar. Eles preferem evacuar animais e bichos de estimação a homens negros e mulheres negras”.

Em meu trabalho de conclusão de curso intitulado “Registros contábeis e escravatura no Brasil oitocentista: uma abordagem histórica”, fiz uma pesquisa da contabilidade no período da escravidão. No contexto de escravidão, no Brasil e no mundo, havia animais (como cavalos, meios de transporte à época) que tinham mais valor que os africanos escravizados. Estamos no século 21, a escravidão foi abolida no século 19, contudo, parece que, no que tange ao tratamento subalterno ao negro, nada mudou.

No dia 28/2, o representante dos países africanos Quênia, Gâmbia e Gabão, Martin Kimani, falou ao Conselho de Segurança da ONU: “Na emergência que se desenrola, houve relatos perturbadores sobre o tratamento racista de africanos e afrodescendentes que procuram fugir da Ucrânia para um local seguro (...). Condenamos veementemente esse racismo e acreditamos que é prejudicial ao espírito de solidariedade que é tão urgentemente necessário hoje. Os maus-tratos aos povos africanos nas fronteiras da Europa precisam cessar imediatamente, seja para os africanos que fogem da Ucrânia ou para aqueles que cruzam o Mediterrâneo”

No mesmo dia, 28/2, a União Africana, que reúne os 55 países da África, divulgou um documento oficial dizendo: “Relatos de que africanos são selecionados para tratamento dissimilar inaceitável são chocantemente racistas e uma violação da lei internacional. Nesse sentido, os presidentes pedem que todos os países respeitem a lei internacional e demonstrem a mesma empatia e apoio para todos aqueles que fogem da guerra, independentemente da sua raça”1.

Em 01/3/22, o Alto Comissário para os Refugiados da ONU admitiu de forma oficial que refugiados africanos estão enfrentando racismo na tentativa de fugir da guerra. Como eu disse em meu livro O Estigma da Cor, falando da valorização igualitária que se deve ter a toda raça humana, “eu não preciso ser branca para ter valor. Ninguém que é não branco precisa. Se Deus quisesse tudo igual, Ele não teria feito tudo diferente” (p. 142). Some à pandemia a guerra, some à guerra a crise de refugiados, some à crise de refugiados o racismo. É deplorável que em um contexto de guerra, pessoas desesperadas tentando fugir da violência estejam sendo discriminadas e rebaixadas à condição de não humanas.

Todos os que estão fugindo da guerra na Ucrânia deveriam ser encaminhados a um local seguro, independente de raça, cor, nacionalidade, cor ou gênero. O foco é a catástrofe e sofrimento da guerra que a Ucrânia está vivendo, portanto, todos os cidadãos, estrangeiros ou não, que estão nesse país deveriam ser igualmente assistidos. É uma questão de ter o mínimo de humanidade e empatia.

Deus condena o racismo, pois ele fez os seres humanos à sua imagem e semelhança, portanto com dignidade e valor. A situação de racismo que os africanos sofrem na Ucrânia não é apenas amoral e uma crise humanitária, mas em uma visão espiritual, é diabólica e pecaminosa. É preciso arrependimento e tratamento igualitário por parte do povo ucrânio, pois Deus ama e protege ao estrangeiro (Sl 146.9) e nós deveríamos fazer o mesmo. O cristão verdadeiro repudia a situação de sub-humanidade que os africanos têm vivido na guerra da Ucrânia, e a igreja ucraniana deveria levantar a voz em favor dos marginalizados.

Notas

1. Africanos estão sendo impedidos de deixar Ucrânia por "racismo", diz União Africana.

• Jacira Monteiro é membro da igreja evangélica batista de João Pessoa, graduada em ciências contábeis pela Universidade Federal da Paraíba e pós-graduanda em teologia bíblica e exegética do Novo Testamento. É autora do livro O Estigma da Cor – como o racismo fere os dois grandes mandamentos de Cristo.

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Fonte:https://ultimato.gigro.com/secoes/opiniao/mesmo-em-guerra-ha-racismo-escancarado

17 agosto 2022

Psicólogo explica a importância da figura paterna para o ser humano

17.08.2022

Do portal CORREIO BRAZILIENSE, 12.08.22

Por Estado de Minas

A presença e uma relação saudável com a figura paterna são muito importantes para o desenvolvimento do indivíduo

 (crédito:  Pexels/Divulgação )

Quem é o seu herói? Essa pergunta, na maioria das vezes, é respondida por grande parte das pessoas como "meu pai", "meu padrasto", "meu avô", ou indicando uma figura paterna que teve grande importância na vida do indivíduo, aquela pessoa que estava ao lado em momentos bons - e principalmente nos difíceis, transmitindo segurança.

Segundo o psicólogo e coordenador do curso de Psicologia da Faculdade Pitágoras, Rongno Rodrigues, o indivíduo precisa crescer e se desenvolver tendo uma figura paterna por perto para que se torne um adulto saudável no aspecto emocional. Com as novas e diversas composições familiares, essa figura pode ser o pai, padrasto, tio, avô, familiar ou outro indivíduo que ocupe tal lugar.

"A figura paterna sempre esteve associada a proteção, diferente da mãe que é associada ao cuidado. Mas o pai, em geral, costuma ser o segundo vínculo mais forte da criança quando ela nasce. E um relacionamento saudável entre pai e filho reflete em diferentes áreas da vida social, pois ajuda no desenvolvimento da independência, confiança e nos relacionamentos com familiares, amigos e cônjuges", explica o coordenador.

A seguir, ao especialista aponta alguns caminhos para que a paternidade seja exercida de forma saudável, criando vínculos afetivos tanto para os filhos quanto para os pais.

Infância

A mulher, geralmente, costuma ser a figura mais presente nos primeiros meses de vida das crianças, até por conta da amamentação e dos cuidados com o bebê. Mas os pais podem e devem ser mais participativos nessa fase, compartilhando tarefas como trocar fraldas, ninar e incentivar a criança em brincadeiras. Tais atitudes criarão vínculos afetivos e confiança entre pai e filho que poderão acompanhar os dois por toda a vida, tornando a convivência dos dois mais prazerosa.

"O pai precisa fazer parte de atividades cotidianas do filho, como ir a reuniões e apresentações escolares, no cuidado no dia a dia, troca de dentes e quedas ao aprender a andar de bicicleta. Esses gestos contribuem para a formação de um adulto autoconfiante e o estabelecimento de uma relação de confiança", diz.

Adolescência

A adolescência é um dos períodos mais turbulentos do ser humano. O corpo e os hormônios estão em verdadeira ebulição e é nesta fase que algumas preocupações começam a rondar a nossa mente... o que fazer da vida, qual profissão seguir, que caminho tomar?

"Essa é uma fase de transição para a vida adulta e os filhos. E eles passam a buscar por referências que contribuem na tomada de decisões e nesse momento, a figura paterna é fundamental; representando basicamente as questões com o mundo externo ao núcleo familiar. Por isso, praticar a escuta é um passo importante que os pais devem desenvolver, para criar um ambiente acolhimento e compreensão para o adolescente", pontua Rongno.

Vida adulta

Na fase adulta, a relação entre pai e filhos costuma estar mais madura, afinal de contas, são dois adultos conscientes de si e de sua história, tendo uma comunicação mais livre, com franqueza sobre os sentimentos, compartilhando os problemas de contas e a criação dos filhos/netos. Na fase adulta, o pai é aquele porto seguro, a 'volta para casa', a figura que sempre buscamos quando estamos aflitos e que nos retorna à sensação de pertencer a um lugar, representação icônica da segurança familiar; na maioria das vezes.

"O estabelecimento de uma relação saudável torna a convivência nessa fase mais tranquila. Sempre poderá haver problemas de relacionamento, pois são pessoas diferentes e com histórias de vida diferentes. Mas uma relação construída com afeto e compreensão permite que exista harmonia e seja mais saudável para ambos os lados, trazendo mais equilíbrio para as relações; principalmente as que são de fora da família", acrescenta Rongno.

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Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/ciencia-e-saude/2022/08/5028798-psicologo-explica-a-importancia-da-figura-paterna-para-o-ser-humano.html

16 agosto 2022

‘Parece leite, mas não é’: como crise 'empobreceu' a fórmula dos produtos lácteos do Brasil

16.08.2022

Do portal BBC News Brasil, 13.08.22

Por  André Biernath - BBC News Brasi/Londres

Versões de lácteos com soro de leite, amido, gordura vegetal, açúcar e aditivos se tornaram muito mais comuns nos mercados brasileiros

Nos últimos meses, os consumidores brasileiros mais atentos notaram uma mudança importante no Moça, uma das marcas de leite condensado mais conhecidas e utilizadas no país. Junto ao produto tradicional, cuja embalagem é azul, as gôndolas dos supermercados foram inundadas por uma nova versão, na cor marrom.

Na parte inferior do rótulo, é possível entender melhor a diferença entre as opções. Enquanto a caixinha azul traz o leite condensado convencional (integral ou desnatado), a marrom é uma "mistura láctea condensada de leite, soro de leite e amido".

Os aditivos químicos presentes em 4 de cada 5 alimentos vendidos nos mercados do Brasil

Como data de validade pode aumentar desperdício de alimentos

E esse não foi o único produto lácteo a apresentar uma nova fórmula nos últimos meses: de acordo com especialistas e relatos dos próprios consumidores, houve um aumento na oferta de opções que substituem parte do leite por outros ingredientes, como o soro de leite, o amido, o açúcar, a gordura vegetal e os aditivos químicos, como conservantes e aromatizantes.

Algumas marcas, por exemplo, transformaram o creme de leite em "mistura de creme de leite". Já o queijo ralado virou "mistura alimentícia com queijo ralado". O doce de leite, por sua vez, foi substituído pelo "doce de soro de leite sabor doce de leite". Em alguns mercados, até o leite tradicional compete nas gôndolas com novas bebidas lácteas.

"Do ponto de vista nutricional, isso pode ser danoso", alerta Rafael Claro, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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"A estratégia é trocar um alimento in natura por ingredientes mais baratos e com baixa densidade de nutrientes."

"Ou seja: a pessoa compra um produto que parece leite, mas não é", resume.

Que fique claro: a venda dessas opções está regulamentada nos órgãos competentes, como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e, a princípio, não fere nenhuma lei.

O grande problema, de acordo com os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, é que vários desses alimentos lácteos "alternativos" têm uma embalagem muito similar à original, trazem no rótulo elementos que remetem ao leite — como vacas, pastos, tonéis e líquidos brancos — e são colocados nas mesmas prateleiras que os produtos tradicionais.

Para completar, nem sempre as novas opções são muito mais baratas — ou a diferença em relação aos itens convencionais é de apenas alguns centavos.

Tabelas de substituições de lácteos

O que está por trás do fenômeno

A pesquisadora Kennya Beatriz Siqueira, da Embrapa Gado de Leite, em Juiz de Fora (MG), explica que as movimentações recentes da indústria dos produtos lácteos têm a ver com a crise financeira, a inflação e a escassez de matéria-prima no mercado.

"Nos últimos dois anos, tivemos um aumento de 62% no custo de produção do leite", calcula.

A especialista explica que toda a cadeia produtiva sofreu com o aumento dos preços: os custos da ração que alimenta as vacas, da energia elétrica que mantém o funcionamento dos currais e do próprio combustível que transporta esse alimento subiram consideravelmente.

"Por conta disso, muitos produtores se desfizeram de parte do rebanho e venderam as vacas menos produtivas para os abatedouros."

Isso, por sua vez, significa que há menos leite saindo das fazendas brasileiras.

"Para completar, o meio do ano é o período de entressafra do leite, já que as pastagens não estão boas por causa do clima seco e da temperatura fria", complementa.

A união desses fatores fez com que o leite (e os produtos lácteos no geral) se transformassem nos "vilões da inflação" durante os últimos meses.

Crise impactou a produção de leite nas fazendas brasileiras

De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), o leite longa vida acumula uma alta de 57% no ano.

Outros itens também registraram uma subida considerável. Apenas em julho, houve um aumento de 19% no leite condensado, 17% na manteiga, 16% no queijo e 14% no requeijão.

Os custos de produção de leite aumentaram  62% em dois anos. Com isso, muitas fazendas se desfizeram de parte do rebanho - O que ajuda a explicar a escassez de matéria-prima agora.

Hora do plano B

Com menos matéria-prima no mercado e um preço cada vez mais elevado, a estratégia da indústria foi substituir uma parte do leite que ia nas formulações originais dos produtos lácteos.

Uma porção desse ingrediente, então, foi trocada pelo soro do leite, um composto que "sobra" e antigamente era descartado durante a fabricação de queijos.

Para ter ideia, a produção de um quilo de queijo gera cerca de oito litros de soro, em média.

E vale destacar que esse soro, apesar de trazer menos nutrientes, não faz mal à saúde e pode ser consumido.

"O soro, porém, tem uma base sólida muito menor do que o leite. Essencialmente, ele é água, com um teor menor de proteínas e carboidratos. E isso muda a composição do produto final para algo pior do ponto de vista nutricional", diz Claro.

Porém, muitas vezes essa troca simples de leite por soro de leite não é suficiente para manter o aspecto sensorial daquele alimento — afinal, o soro traz menos proteínas e gorduras que o leite "inteiro", como você confere na tabela a seguir.

Os nutrientes que aparecem em cada bebida

Os valores apresentados a seguir são relativos a um copo de 200 mililitros e podem ser maiores ou menores, a depender de cada marca.

Para garantir que o produto "alternativo" fique mais parecido com o original, as empresas acrescentam em leites condensados, requeijões e bebidas lácteas no geral alguns ingredientes complementares, que dão consistência e sabor, como o amido, a gordura vegetal e o açúcar.

"Falamos aqui de compostos que barateiam o custo daquele alimento", resume a nutricionista Carolina Grehs, cofundadora do Desrotulando, um aplicativo que analisa e dá notas aos alimentos vendidos nos supermercados de acordo com uma série de critérios relacionados à saúde.

Em alguns casos, a adição desses compostos não é suficiente e as empresas precisam acrescentar outros compostos químicos, como emulsificantes, adoçantes e aromatizantes.

Gato por lebre?

Por um lado, essa estratégia não traz nada de errado do ponto de vista legal e regulatório. "Esses alimentos não são exatamente uma novidade e têm nomes e regras bem definidos na legislação", esclarece Grehs.

"A indústria está cumprindo o seu papel ao lançar produtos que atendem às demandas da população", opina Siqueira.

"As empresas lidam com a escassez de matéria-prima, mas tentam oferecer alternativas ao consumidor", defende a pesquisadora da Embrapa Gado de Leite.

Por outro, os especialistas criticam a falta de clareza na comunicação de muitos desses novos produtos — muitas vezes, a embalagem é tão parecida à original que o consumidor nem percebe que está comprando algo diferente daquilo que esperava.

"Há casos em que as bebidas lácteas são colocadas nas mesmas gôndolas do leite. E o rótulo delas traz um copo com líquido branco e outros elementos gráficos que remetem ao leite de verdade", observa Grehs.

"Vemos que alguns desses novos lácteos são vendidos por um preço muito parecido ou até mais alto em comparação com as versões anteriores", complementa.

Ler o rótulo do lácteo com cuidado é uma das maneiras de escapar das armadilhas

A BBC News Brasil entrou em contato com a Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), e a Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos) para que elas pudessem se posicionar a respeito de toda discussão, mas não foram enviadas respostas até a publicação desta reportagem.

Procurada, a Nestlé, responsável pela fabricação do Leite Moça, enviou uma nota dizendo que a versão atualizada do leite condensado é "um novo produto da linha Moça que possui os mesmos ingredientes do Moça Tradicional, porém, em quantidades diferentes, com adição de soro de leite e amido".

"Trata-se de um produto de alta qualidade, sem gordura vegetal, estabilizantes ou espessantes, e é uma opção no portfólio da marca para consumidores que buscam soluções com menor desembolso, sem abrir mão do resultado e da qualidade Nestlé", finaliza o texto.

Prejuízos nutricionais e culinários

Além de uma possível confusão na hora da compra, o consumo constante desses produtos gera preocupação entre os especialistas.

"A substituição do leite por outros ingredientes significa que o produto vai ter menos proteínas e vitaminas, o que representa um prejuízo na alimentação", analisa a nutricionista Laís Amaral, supervisora técnica do Programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Outro ponto que chama a atenção em alguns desses produtos é o acréscimo de açúcar nas formulações.

"Uma coisa é consumir a lactose, o açúcar natural do leite. Outra muito diferente é o açúcar adicionado de outras fontes, como o xarope de glicose", compara Grehs.

"Isso nos preocupa, pois o leite é um elemento central na dieta de muitos brasileiros e observamos níveis crescentes de obesidade na nossa população, que está relacionada ao consumo excessivo de alimentos calóricos e ricos em açúcar."

Segundo a Embrapa, cada brasileiro consome uma média de 166 litros de leite por ano — taxa que aumenta exponencialmente desde os anos 1990.

Além da menor qualidade nutricional de alguns desses lácteos "alternativos", é preciso prestar atenção na adição dos compostos que terminam com "ante" neles, como os corantes, os emulsificantes, os adoçantes…

"São ingredientes que barateiam a produção, fazem com que aquele alimento seja minimamente comestível e mudam substancialmente a parte sensorial do produto", explica Amaral. Isso faz com que muitos desses novos lácteos se encaixem na categoria dos ultraprocessados.

Na lista de ingredientes de uma mistura alimentícia de queijo ralado, por exemplo, é possível saber que ele contém amido de milho e/ou amido de mandioca, ricota em pó, queijos ralados, soro de leite em pó, creme de leite, acidulante ácido cítrico, antioxidante lecitina, conservantes sorbato de potássio e ácido sórbico, aroma idêntico ao natural de queijo parmesão e corante artificial amarelo crepúsculo.

Já no queijo ralado tradicional, essa tabela costuma ser bem mais enxuta: o produto é feito geralmente de queijo ralado (leite pasteurizado, fermento, sal e coalho bovino) e conservante ácido sórbico.

De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado pelo Ministério da Saúde em 2014, o consumo de alimentos ultraprocessados, que trazem muitos desses ingredientes de nome complicado e não são encontrados facilmente na despensa ou na geladeira de nossas casas, deve ser evitado sempre que possível.


"Devido a seus ingredientes, alimentos ultraprocessados — como biscoitos recheados, salgadinhos 'de pacote', refrigerantes e macarrão 'instantâneo' — são nutricionalmente desbalanceados. Por conta de sua formulação e apresentação, tendem a ser consumidos em excesso e a substituir alimentos in natura ou minimamente processados. As formas de produção, distribuição, comercialização e consumo afetam de modo desfavorável a cultura, a vida social e o meio ambiente", aponta o texto.


"A fabricação de alimentos ultraprocessados, feita em geral por indústrias de grande porte, envolve diversas etapas e técnicas de processamento e muitos ingredientes, incluindo sal, açúcar, óleos, gorduras e substâncias de uso exclusivamente industrial", contextualiza o guia.

O leite virou um dos 'vilões da inflação'. No acumulado de 2022, esse alimento teve um aumento de 57% no preço. Fonte: IPCA

Além dos riscos nutricionais, Grehs chama a atenção para outro aspecto relevante do uso dos lácteos alternativos: possíveis alterações na textura e no gosto de pratos típicos e muito populares.

"Algumas misturas lácteas geram problemas em receitas que dependem da gordura para formar a estrutura daquele preparo, como em pudins e brigadeiros."

De acordo com a especialista, o uso de alguns dos novos produtos nas receitas muda o aspecto sensorial desses doces — o brigadeiro, por exemplo, pode não chegar ao ponto ideal, quando ele começa a se desgrudar do fundo da panela, enquanto o pudim não ganharia aquela consistência típica do quitute.

A mudança nos lácteos pode modificar o aspecto final de receitas típicas — como o brigadeiro

O que fazer?

Rafael Claro, da UFMG, entende que a solução óbvia é evitar o consumo desses alimentos ultraprocessados e consumir produtos frescos, se possível.

Mas o especialista entende que essa é uma discussão que ultrapassa os limites da nutrição e envolve assistência social e políticas públicas — ainda mais num cenário de crise econômica e inflação em alta. "Nem todo mundo pode comer itens frescos e in natura, porque eles costumam ser mais caros."

"Muitas pessoas não têm dinheiro para comprar um litro de leite integral ou meio queijo. Daí elas precisam partir para as bebidas lácteas e as versões alternativas."

"Mas fornecer um alimento 'porcaria' barato para os mais pobres não pode ser visto como um caminho para nosso futuro como país", protesta.

"Também precisamos pensar que grande parte desses produtos lácteos ultraprocessados não são necessários para a alimentação. Se eles não representam uma alternativa para garantir a segurança alimentar, a orientação é que eles não sejam incorporados aos hábitos de consumo", conclui.

Siqueira, da Embrapa Gado de Leite, entende que a tendência é que a inflação dos lácteos fique mais controlada nos próximos meses.

"A gente espera a importação de matéria-prima e uma melhora nos custos de produção. A expectativa é que tenhamos uma redução nos preços já neste segundo semestre", projeta.

Como analisar o rótulo dos alimentos

Do ponto de vista prático, Grehs orienta que os consumidores fiquem atentos ao nome técnico de cada produto, que aparece em letras menores na parte frontal do rótulo — é ali que você vai saber se está diante de um creme de leite ou de uma mistura de creme de leite, por exemplo.

"E mesmo dentro das misturas lácteas, é possível procurar opções melhores e mais saudáveis. Algumas só trazem soro de leite e amido, enquanto outras têm o acréscimo de açúcar e aditivos químicos", sugere.

Para checar essas diferenças, vale ler a lista de ingredientes que aparece na parte traseira da embalagem. Se itens como "xarope de glicose", "açúcar" ou "gordura vegetal" aparecem logo de cara, é bom ligar o sinal de alerta.

"Além disso, se a palavra 'sabor' está no rótulo, isso significa que há a adição de aromatizantes para reforçar o paladar, como é o caso de opções como o 'pó para preparo de bebida sabor leite' ou a 'bebida láctea sabor morango'", acrescenta a nutricionista.

Por fim, caso o consumidor se sinta lesado e enganado na hora em que comprou alguns desses compostos lácteos, é possível acionar órgãos de fiscalização.

"Se você achar que comprou gato por lebre, pode fazer denúncias no Procon, no site consumidor.gov.br e no Observatório de Publicidade de Alimentos", finaliza Amaral.

- Este texto foi originalmente publicado em https://www.https://www.bbc.com/portuguese/brasil-62510188

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Fonte:https://www.bbc.com/portuguese/brasil-62510188

13 agosto 2022

Câmara aprova projeto que obriga planos de saúde a cobrir tratamentos fora do rol da ANS

13.08.2022

Do portal da Câmara dos Deputados, 03.08.22

Por Agência Câmara de Notícias

Proposta segue para análise do Senado    Fonte: Agência Câmara de Notícias

Mães de pacientes prejudicados pela decisão do STJ acompanharam a votação em Plenário

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (3) o Projeto de Lei 2033/22, que estabelece hipóteses de cobertura de exames ou tratamentos de saúde que não estão incluídos no rol de procedimentos e eventos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O objetivo é dar continuidade a tratamentos que poderiam ser excluídos da cobertura dos planos de saúde.

A proposta segue para análise do Senado, onde poderá ser votada na próxima terça-feira (9), segundo informou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Entre os pontos da regulamentação, a proposta determina que a lista de procedimentos e eventos cobertos por planos de saúde será atualizada pela ANS a cada incorporação. O rol servirá de referência para os planos de saúde contratados desde 1º de janeiro de 1999.

Quando o tratamento ou procedimento prescrito pelo médico ou odontólogo assistente não estiver previsto no rol, a cobertura deverá ser autorizada se:

- existir comprovação da eficácia, à luz das ciências da saúde, baseada em evidências científicas e plano terapêutico;

- existir recomendações pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS;

- existir recomendação de, no mínimo, um órgão de avaliação de tecnologias em saúde que tenha renome internacional, desde que sejam aprovadas também para seus nacionais.

Decisão do STJ

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu em junho que o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde tem caráter taxativo, não estando as operadoras de saúde obrigadas a cobrirem tratamentos não previstos na lista, salvo algumas situações excepcionais.

O rol de procedimentos da ANS lista 3.368 eventos em saúde, incluindo consultas, exames, terapias e cirurgias, além de medicamentos e órteses/próteses vinculados a esses procedimentos. Esses serviços médicos devem ser obrigatoriamente ofertados de acordo com o plano de saúde.

O PL 2033/22 foi apresentado por grupo de trabalho da Câmara dos Deputados criado para analisar a questão.

O relator, deputado Hiran Gonçalves (PP-RR), criticou a decisão do STJ, que segundo ele causou grande comoção popular. "E não era para menos. Milhões de pessoas que dependem dos planos de saúde para se manterem saudáveis e vivas se viram tolhidas do direito de se submeterem a terapias adequadas às suas vicissitudes, indicadas pelos profissionais de saúde responsáveis por seu tratamento."

Hiran Gonçalves agradeceu o presidente da Câmara, Arthur Lira, pela rapidez na análise do projeto. "A proposta visa alinhar as ideias de órgãos técnicos e da sociedade civil, garantindo, sempre, a segurança e a saúde dos milhões de beneficiários de planos de assistência à saúde do País."

Já o deputado Tiago Mitraud (Novo-MG) defendeu a decisão do STJ e criticou a proposta, por considerar que vai prejudicar a competição e aumentar os preços dos planos de saúde. "Vai ficar muito mais caro e complexo ter plano de saúde, e os pequenos vão quebrar. Já as grandes farmacêuticas agora podem induzir médicos a receitar tratamentos experimentais sem aprovação pela Anvisa", alertou.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) elogiou a mobilização das mães que buscavam dar continuidade aos tratamentos de seus filhos, que poderiam ser interrompidos com a interpretação do STJ sobre o rol taxativo. "Elas vieram aqui todas essas semanas para batalhar pela aprovação deste projeto. A defesa da vida está acima do lucro dos planos de saúde", defendeu.

A deputada Soraya Santos (PL-RJ) afirmou que a decisão do STJ sobre o rol taxativo provocaria mortes. "O maior dom que temos é o da vida. O rol tem que ser exemplificativo, na busca do melhor tratamento", argumentou.

O deputado Gilberto Nascimento (PSC-SP) afirmou que as pessoas estavam desesperadas com a possibilidade de diminuição da cobertura dos planos de saúde. "A doença rara não é uma condição que a pessoa quis. Ela está sacrificando suas finanças para pagar o plano de saúde e deve ter direitos", afirmou.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Francisco Brandão

Edição – Pierre Triboli

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Fonte:https://www.camara.leg.br/noticias/901378-camara-aprova-projeto-que-obriga-planos-de-saude-a-cobrir-tratamentos-fora-do-rol-da-ans

12 agosto 2022

Salman Rushdie esfaqueado no pescoço em um evento no oeste de Nova York

12.08.2022

Do portal da AGÊNCIA REUTERS

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O autor Salman Rushdie ouve durante a coletiva de abertura da feira do livro de Frankfurt, Alemanha, em 13 de outubro de 2015. REUTERS/Ralph Orlowski/File Photo

12 de agosto (Reuters) - Salman Rushdie, o romancista nascido na Índia que foi morto pelo Irã em 1989 por causa de sua escrita, foi atacado no palco em um evento em Nova York e sofreu uma aparente facada no pescoço, segundo o New York Times. Polícia do Estado de York e uma testemunha ocular.

Um homem correu para o palco da Chautauqua Institution, no oeste do estado de Nova York, e atacou Rushdie quando ele estava sendo apresentado para dar uma palestra sobre liberdade artística, disse uma testemunha ocular. Um policial estadual presente no evento levou o agressor sob custódia, disse a polícia.

Rushdie foi levado de helicóptero para um hospital, mas seu estado de saúde ainda não era conhecido, disse a polícia. A declaração da polícia não deu motivos para o ataque.

Rushdie caiu no chão quando o homem o atacou e foi cercado por um pequeno grupo de pessoas que segurou suas pernas, aparentemente para enviar mais sangue para a parte superior do corpo, pois o agressor foi contido, de acordo com uma testemunha presente na palestra. que pediu para não ser identificado.

"Estamos lidando com uma situação de emergência", disse um porta-voz da Chautauqua Institution quando contatado pela Reuters.

Rushdie, que nasceu em uma família muçulmana indiana, enfrentou ameaças de morte por seu quarto romance, "Os Versos Satânicos", que alguns muçulmanos disseram conter passagens blasfemas. O romance foi banido em muitos países com grandes populações muçulmanas após sua publicação em 1988.

Um ano depois, o aiatolá Ruhollah Khomeini, então líder supremo do Irã, pronunciou uma fatwa, ou edito religioso, pedindo aos muçulmanos que matassem o romancista por blasfêmia.

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Rushdie se escondeu por muitos anos. O governo iraniano disse em 1998 que não apoiaria mais a fatwa, e Rushdie tem vivido de forma relativamente aberta nos últimos anos. Organizações iranianas, no entanto, levantaram uma recompensa de milhões de dólares pelo assassinato de Rushdie.

Rushdie esteve na Chautauqua Institution para participar de uma discussão sobre os Estados Unidos servirem de asilo para escritores e artistas no exílio e "como um lar para a liberdade de expressão criativa", segundo o site da instituição.

Ele se tornou cidadão americano em 2016 e mora em Nova York. Ele tem criticado a opressão em sua Índia natal, inclusive sob o governo nacionalista hindu do primeiro-ministro Narendra Modi.

A Wylie Agency, que representa Rushdie, não respondeu a um pedido de comentário.

O PEN America, um grupo de defesa da liberdade de expressão do qual Rushdie é ex-presidente, disse estar "se recuperando de choque e horror" pelo que chamou de ataque sem precedentes a um escritor nos Estados Unidos.

"Salman Rushdie foi alvo de suas palavras por décadas, mas nunca vacilou ou vacilou", disse Suzanne Nossel, executiva-chefe do PEN, no comunicado. No início da manhã, Rushdie havia enviado um e-mail para ela para ajudar a realocar escritores ucranianos em busca de refúgio, disse ela.

O senador americano Chuck Schumer, de Nova York, chamou de "um ataque à liberdade de expressão e pensamento".

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Fonte:https://www.reuters.com/world/us/author-salman-rushdie-attacked-stage-event-new-york-sky-news-2022-08-12/?taid=62f6800f1a1c2c0001d180b6&utm_campaign=trueAnthem:+Trending+Content&utm_medium=trueAnthem&utm_source=twitter

11 agosto 2022

Estes são os 7 tipos de inteligência: descubra qual define suas habilidades

 11.08.2022

Do blog EDITAL CONCURSOS BRASIL, 29.07.22

Por GABRIELA STAHLER

Algumas culturas valorizam mais as habilidades de raciocínio lógico para considerar alguém inteligente, mas é preciso considerar que existem outros saberes distintos e importantes no desenvolvimento humano.

A sociedade evoluiu a partir da tecnologia porque inúmeros conhecimentos foram reunidos em uma tarefa multidisciplinar. Portanto, cada pessoa tem um tipo de inteligência e contribui com esse processo de evolução. Entender quais as suas aptidões auxilia na hora de escolher uma área de estudo ou trabalho, garantindo bons resultados e satisfação. 

Veja também: Sinais de baixa inteligência emocional: veja o que fazer agora

Diferente do que se pensava até o século XX, que restringia a definição de inteligência às áreas estritamente analíticas, atualmente são identificados 7 tipos de capacidade cognitiva. Estudados por Howard Gardner, esses fatores ajudam a diferenciar performances pessoais com certa precisão, evitando comparações que enfraquecem a autoestima. 

Sete tipos de inteligência que estão presentes na vida de todas as pessoas

Inteligência linguística

A habilidade da comunicação e boa escuta são notáveis, revelando forte capacidade de compreender contextos, ensinando aos outros diversos aprendizados. Dessa forma, consegue compreender as necessidades alheias facilmente.

Inteligência lógica

Além de boa memória, quem tem inteligência lógica gosta de resolver problemas e costuma ser bom em matemática. A organização e apego pelos critérios são características de quem tem esse traço.

Inteligência motora

Entre a dança e o artesanato, as artes manuais representam a expressividade de uma forma mais subjetiva ainda. Essas pessoas entendem o corpo de uma forma integral e conseguem realizar movimentos rítmicos.

Inteligência espacial

A inteligência espacial está muito ligada ao esporte e atividades que envolvem perspectiva. Os indivíduos com habilidades espaciais reconhecem rapidamente ângulos, referências de movimento e detalhes.

Inteligência musical

Tocar instrumentos não é nada fácil e precisa usar vários sentidos do corpo, portanto, a sensibilidade também está presente em quem desenvolve inteligência musical.

Inteligência interpessoal

A capacidade de ter inteligência emocional é admirável, mas ultimamente poucos têm conseguido enfrentar os conflitos internos com sabedoria. Aqueles que são capazes de entender o interior tendem a ser considerados autênticos, reunindo outras inteligências.

Inteligência intrapessoal

Poucas pessoas na história do mundo se destacam pela personalidade e liderança, porque conseguem transmitir uma mensagem com sucesso. Consegue assumir responsabilidades e reunir pessoas em torno de um objetivo

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Fonte:https://editalconcursosbrasil.com.br/noticias/2022/07/estes-sao-os-7-tipos-de-inteligencia-descubra-qual-define-suas-habilidades/

Pacto Brutal: esposa de Guilherme de Pádua se desespera após repercussão da série na HBO Max

11.08.2022
Do blog CANAL DE CIÊNCIAS CRIMINAIS

Este ano, a HBO MAX lançou um documentário (Pacto Brutal) explicando o assassinato de Daniella Perez, jovem atriz que foi morta pelo parceiro de cena na novela “De Corpo e Alma”, Guilherme de Pádua.


série documental foi produzida por Tatiana Issa e Guto Barra e mostra os dolorosos relatos da mãe de Daniella, Glória Perez, famosa novelista brasileira.

Juliana Lacerda, atual esposa de Guilherme de Pádua, desabafou nas suas redes sociais sobre como é ter novamente repercussão no crime cometido pelo marido.

Ela relatou que vem recebendo ataques e ameaças na web, e aproveitou para reclamar da repercussão da série.



“Gente, tem tantas mensagens lá no meu direct, mas a maioria dessas mensagens, são mensagens de xingamento. Quando eu quero visualizar as mensagens boas, as pessoas orando por mim, desejando o meu bem, pessoas até me aconselhando porque tem sido muito bom para mim nesse momento, me trazendo paz, conforto, porque não está sendo fácil”.

Juliana também revelou que não vai dar atenção para o ódio que vem recebendo no Instagram.

“Não adianta entrar no meu direct porque eu não vou responder essas mensagens e não vou visualizar. Vai ser ruim para quem mandar”.

Como ocorreu o assassinato de Daniella Perez contado na série Pacto Brutal

Conhecido como um dos crimes que mais chocou o Brasil, Guilherme de Pádua e Paula Thomaz assassinaram, com 18 punhaladas, a filha da novelista Gloria Perez, Daniella Perez, nos anos 90. 

Guilherme de Pádua era seu parceiro de cena, e após ter seu papel diminuído na novela, pela escritora, devido ao destaque de Daniella, cometeu um crime brutal.

Na noite de 28 de dezembro de 1992, Guilherme e sua esposa da época, Paula Thomaz, mataram a jovem atriz com 18 punhaladas, tornando impossível a defesa da vítima, o que incidiu como qualificadora na sua condenação. O corpo foi encontrado perto de um matagal na Barra da Tijuca.

Os dois foram condenados por homicídio qualificado, pelo Conselho de Sentença do Tribunal do Júri que considerou que o crime havia sido premeditado.

Atualmente, após cumprir sua pena, Guilherme de Pádua é pastor, e com o sucesso de Pacto Brutal, pediu perdão em seu canal do YouTube pedindo perdão para Glória Perez, mãe de Daniella.

Entretanto, a gravação não foi muito bem vista pelos famosos. Giovanna Antonelli, inclusive, sugeriu cadeira elétrica para Guilherme.

Pacto Brutal - O Assassinato de Daniella Perez

Director: Glória Pérez

Date Created: 2022-08-11 11:54

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Fonte:https://canalcienciascriminais.com.br/pacto-brutal-esposa-guilherme/

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