16 abril 2025

Operação Teatro Invisível: Polícia Federal Investiga Rede de Desinformação Eleitoral no Rio de Janeiro

16.04.202

Na manhã desta quarta-feira, 16, a Polícia Federal deu início à segunda fase da operação Teatro Invisível, que visa desmantelar um grupo supostamente envolvido em uma rede de desinformação eleitoral no Rio de Janeiro. 

De acordo com os agentes, o esquema funcionava por meio da contratação de atores que encenavam diálogos em locais de grande circulação, influenciando assim a decisão dos eleitores. A investigação aponta que esses atores foram contratados com recursos públicos oriundos de contratos de serviços fictícios.

Nesta fase, os policiais estão cumprindo dez mandados de busca e apreensão em diversas localidades, incluindo Cabo Frio (RJ), Itaguaí (RJ), Mangaratiba (RJ), Rio de Janeiro (RJ) e Juiz de Fora (MG). Não há ordens de prisão até o momento.

Um dos principais alvos da operação é o prefeito de Cabo Frio, Dr. Serginho (PL). Outros políticos do estado do Rio também estão sob investigação, como o deputado estadual Valdecy da Saúde (PL), que já se candidatou ao cargo de prefeito de São João de Meriti, e Aarão (PP), que foi candidato à prefeitura de Mangaratiba.

Na fase anterior da operação, a PF revelou que os atores contratados para espalhar informações falsas recebiam R$ 2 mil mensais, enquanto os coordenadores do esquema criminoso recebiam R$ 5 mil por mês, além de serem contratados pela própria Prefeitura Municipal.

A PF informou que a "campanha" de desinformação tinha um processo de aferição de resultados incluído em seu planejamento, com relatórios diários detalhando o número de eleitores abordados, a quantidade de votos em cada candidato e o total de eleitores convertidos para o candidato beneficiário do esquema.

Para financiar essa rede de notícias falsas, os agentes públicos utilizavam recursos de contratos genéricos com oito empresas, gerando um prejuízo estimado em 3,5 bilhões de reais aos cofres públicos. A Justiça já determinou o bloqueio de valores nas contas dos investigados, totalizando essa quantia bilionária, e suspendeu as atividades das empresas envolvidas.

Diante das evidências, a PF suspeita que os envolvidos tenham cometido fraudes em licitações, obstrução de justiça, caixa 2 e lavagem de dinheiro. Até o momento, nenhum dos alvos da segunda fase da operação Teatro Invisível se pronunciou sobre as ações da Polícia Federal.

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