26 dezembro 2024

Saiba quem são os alvos da 2ª fase da Operação Overclean

26.12.2024

Do portal MSN NOTÍCIAS

A Polícia Federal (PF) realiza, na manhã desta segunda-feira (23), a segunda fase da Operação Overclean, que apura desvio de R$ 1,4 bilhão a partir de emendas parlamentares. Estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão e 4 de prisão preventiva. Os alvos são de Brasília, Salvador, Lauro de Freitas (BA) e Vitória da Conquista (BA).

São agentes públicos envolvidos em esquema coordenado pelo empresário Mauro Moura, o “Rei do Lixo”. A CNN apurou que entre os presos está um operador do grupo, apontado como Carlos André. Também foram detidos: Vidigal Galvão Cafezeiro Neto (Republicanos), vice-prefeito de Lauro de Freitas (BA); Lucas Moreira Marins Dias, secretário de mobilidade e ex-chefe de gabinete de Vitória da Conquista (BA); Rogério Magno Almeida Medeiras, policial federal. Além dos três, a PF cumpriu ordem de afastamento contra Lara Betânia Lelis Oliveira, servidora de Vitória da Conquista. Ela também foi alvo de mandado de busca e apreensão.

Vidigal Cafezeiro, do Republicanos, foi eleito vice-prefeito de Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador, em 2020. Na ocasião, a chapa foi encabeçada pela atual prefeita, Moema Gramacho, do PT. Nas eleições de 2024, Vidigal decidiu apoiar Débora Regis, do União Brasil, que acabou derrotando o petista Rosalvo.

Já Lucas Dias, secretário de Mobilidade Urbana de Vitória da Conquista, a cerca de 500 km da capital baiana, exerceu diversas funções na administração municipal até assumir a pasta em 2022. Anteriormente, Lucas atuou na subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na cidade baiana, onde chegou a presidir a Comissão de Combate à Corrupção. A CNN tenta contato com as defesas dos alvos da PF.

A investigação começou em 2023, após uma denúncia de lavagem de dinheiro envolvendo sócios de uma empresa contratada pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) sobre projetos executados a partir de 2017. A apuração revelou que a organização criminosa usava empresas de fachada e “laranjas” para fraudar contratos públicos e lavar dinheiro. A ação apura fraudes licitatórias, desvios de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.

O inquérito aponta que a organização criminosa direcionava recursos públicos vindos de emendas parlamentares e convênios para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais. O esquema envolvia superfaturamento em obras e desvios de recursos, facilitados por interlocutores que manipulavam a liberação de verbas para projetos previamente selecionados.

A CGU afirma que a atuação do grupo era estruturada em operadores centrais e regionais que cooptavam servidores públicos para obter vantagens ilícitas, tanto no direcionamento quanto na execução de contratos. “Após a celebração dos contratos fraudulentos, as empresas envolvidas superfaturavam valores e aplicavam sobrepreços, repassando propinas por meio de empresas de fachada ou métodos que ocultavam a origem dos recursos”, explica a instituição.

A lavagem de dinheiro era realizada sofisticadamente, incluindo o uso de empresas de fachada controladas por “laranjas”, utilizadas para movimentar os valores ilícitos, e empresas com grande fluxo de dinheiro em espécie, que mascaravam a origem dos recursos desviados. Durante o período investigado, a organização movimentou aproximadamente R$ 1,4 bilhão. Apenas em 2024, celebrou contratos no valor de R$ 825 milhões com diversas instituições públicas.

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Fonte: Saiba quem são os alvos da 2ª fase da Operação Overclean

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