13.02.2025
Nesta quinta-feira (13), a Rússia declarou que está "pronta" para discutir com representantes dos Estados Unidos uma proposta de cessar-fogo na guerra contra a Ucrânia, que já foi aceita pelos ucranianos.
O anúncio coincide com a chegada do enviado especial de Trump, Steve Witkoff, à Rússia, que visa negociar uma trégua de 30 dias. As conversas podem ocorrer ainda hoje.
Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, comentou: "Estamos prontos para discutir as iniciativas apresentadas nesses contatos futuros com os Estados Unidos. Esses contatos já podem ocorrer ainda hoje."
A chegada de Witkoff a Moscou se dá após a aceitação da proposta de cessar-fogo pela Ucrânia, resultante de intensas negociações em Jedá, na Arábia Saudita.
Por outro lado, Yuri Ushakov, assessor de política externa do Kremlin, criticou a proposta americana, argumentando que ela apenas permitiria ao Exército ucraniano se reorganizar. "Nossa posição é de que isso nada mais é do que um alívio temporário para os militares ucranianos. A proposta não nos dá nada, apenas oferece aos ucranianos uma oportunidade de se reagrupar", afirmou.
Embora Zakharova não tenha confirmado oficialmente as negociações, é provável que encontros entre Witkoff e autoridades russas ocorram em breve. Trump deseja finalizar rapidamente o acordo de cessar-fogo e enviou seu representante à Rússia logo após a aceitação ucraniana.
O Kremlin, que havia demonstrado hesitação, agora indica que os EUA compartilharam mais detalhes sobre o possível acordo. Ushakov revelou que conversou com o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Mike Waltz, expressando sua insatisfação com a proposta.
Trump espera que Putin apoie o plano de cessar-fogo e acredita que poderá pressioná-lo a aceitar, embora tenha evitado detalhar suas ações em caso de recusa. O presidente americano afirmou que "falará" com Putin ainda esta semana, e o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, indicou que uma ligação poderia ser organizada rapidamente, se necessário.
A Rússia reafirma seu desejo por um cessar-fogo definitivo e vê a trégua temporária com desconfiança. Tanto os EUA quanto líderes europeus expressam a importância de um acordo que traga paz duradoura.
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