30 setembro 2022

FIEL: cristãos do mundo todo discutem a situação das igrejas no Brasil

30.09.2022

Do blog DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO, 27.09.22


 

O 1° Fórum Internacional Evangélico (FIEL) foi idealizado por cristãos de várias denominações evangélicas, perplexos com os rumos das igrejas e com as consequências da adesão massiva à política de extrema-direita do governo Bolsonaro.

A ideia do evento nasceu da inquietude de brasileiros e brasileiras residentes no exterior. Imigrantes que, apesar de estarem longe da terra natal, sentiram a necessidade de uma reflexão mais profunda sobre os rumos que a Igreja no Brasil vem tomando nos últimos 5 anos.

O 1° FIEL foi realizado de forma virtual durante os dias 16, 17 e 18 de setembro e foi transmitido por mais de dez páginas de Facebook e outras redes sociais.

A abertura contou com a presença do pastor Nilson Gomes, da Assembleia de Deus (SP) e pastor Cláudio Carvalhaes, professor de liturgia do Union Theological Seminary de Nova York, EUA.

A apresentadora se referiu a eles como as duas margens do “rio de água viva”, em referência ao que disse Jesus segundo o evangelho João 7:38: “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”.

A aparente diferença entre os dois pastores retratou bem a variedade de denominações entre todos os participantes.

 No entanto, apesar da aparente diferença, todos pregaram o evangelho de Jesus Cristo bem diferente do que prega os pastores bolsonaristas, inclusive foram taxante em afirmar que este não é o verdadeiro evangelho.

 No sábado a primeira pregação foi do pastor luterano Silvio Meinche, da Alemanha, que deu uma verdadeira aula sobre o Estado laico.

Veja o programa completo:

FÓRUM INTERNACIONAL EVANGÉLICO

Reflexões sobre a Igreja no último quinquênio

📅 SEXTA-FEIRA 16/09

🔵 ABERTURA
15:00 horas de Brasília
🎙️ Nilson Gomes
Pastor da Assembleia de Deus, SP
(15:15 a 15:45)
🎙️ Cláudio Carvalhaes
Pastor Presbiteriano, NY – EEUU

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 Fonte:https://www.diariodocentrodomundo.com.br/fiel-cristaos-do-mundo-todo-discutem-a-situacao-das-igrejas-no-brasil/

Sindsprev junto com trabalhadores da EBSERH na luta pelo Acordo Coletivo de Trabalho

30.09.2022
Do portal do SINDSPREV/PE,22.09.22


Na última quarta-feira (21) o Sindsprev, junto com o Sindsep, se uniu para a luta dos trabalhadores da EBSERH que promoveram um ato público em busca da Campanha Salarial, com greve deflagrada a partir deste dia.


A manifestação ocorreu na entrada da portaria 4 do Hospital das Clínicas e contou com a presença de dirigentes e filiados. Os trabalhadores estão na luta pelo fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que há mais de três anos é negligenciado pelo governo para negociação. O primeiro dia de greve reuniu mais de 100 trabalhadores das mais variadas funções que fizeram plantão frente à porta do hospital, com discursos de protesto, faixas e cartazes de apoio ao SUS e à manifestação.


Para o secretário-geral do Sindsprev, Irineu Messias, a história da luta dos trabalhadores vem mostrando que a melhor forma de vencer a luta é através da união e parcerias. Afinal, o ‘patrão’ é o mesmo e o ambiente também. Não começamos esta luta agora, temos filiados e diretores que são funcionários da EBSERH. O que nos une é a perseguição que sofremos pelo governo que desrespeita o trabalhador brasileiro”, afirmou.


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Fonte:https://www.sindsprev.org.br/site/noticia/28193/sindsprev-junto-com-trabalhadores-da-ebserh-na-luta-pelo-acordo-coletivo-de-trabalho

CARTA ABERTA DE EVANGÉLICAS E EVANGÉLICOS PELO BRASIL

 30.09.2022

Do portal AVAAZ

Nesse momento atual, de muitos desafios para o nosso país, como a fome, o desemprego e subemprego que causam sofrimento a tantas famílias; nesse tempo de tantas divisões e conflitos entre muitos lares e igrejas; e de muitas mentiras que circulam em redes sociais, nos unimos a irmãos e irmãs - cristãos de diversas igrejas em todas as partes do Brasil para juntar nossas forças, orar e agir em defesa do bem estar para todos, da democracia brasileira, do processo eleitoral e do respeito ao resultado das urnas.

Passados mais de 200 anos da chegada dos primeiros protestantes em nossa terra, percebemos que temos nos distanciado dos valores humanos e evangélicos que eles nos deixaram, ideias de liberdade, democracia e dignidade humana.

Trazendo na bagagem a fé evangélica, eles não vieram para promover ódio e intolerância religiosa. Tinham a esperança de ajudar a construir um país abençoado, onde pessoas diversas pudessem conviver em paz.

Lamentamos profundamente que a política esteja contaminando esta fé com a mentira, as fake news, os discursos raivosos e um autoritarismo que não tem nada a ver com a mensagem libertadora de Cristo.

Oramos por nosso país e clamamos a Deus por democracia, direitos, justiça e paz. Somos um pela democracia, porque somos um pelo pão, pela verdade, pelo respeito, pela justiça, pela paz.

Somos um pelo pão de cada dia. Oramos e defendemos que os mais pobres do Brasil deixem de passar fome e tenham alimento digno pois Deus é amor e nos ensina a compartilhar e amar o bem comum. (Mateus 6.11; Marcos 6.30-37; 2 Coríntios 8.14, 15; 1 João 3.16, 17).

Somos um pela verdade e contra notícias falsas e discurso agressivo que tem dividido famílias e separado amigos e irmãos. Oramos pelo seguimento à orientação dos apóstolos de não se deixar levar pela “esperteza dos homens que induzem ao erro. Antes, seguindo a verdade em amor” (Efésios 4.14-16).

Somos um pelo respeito. Defendemos e oramos por diálogo sem ódio e sem violência, mas com coragem de manifestar o amor mesmo quando discordamos, lembrando sempre do mandamento de Jesus: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei." (João 13.34)

Somos um pela justiça. Defendemos as instituições democráticas que, mesmo imperfeitas, garantem nossos direitos. Oramos para que seus princípios sejam respeitados, seguindo a orientação bíblica de "Dar a César o que é de César, e a Deus, o que é de Deus.” (Mateus 22.21; 5.20; 6.33)

Somos um pela paz. Defendemos e oramos por eleições pacíficas, sem armas e ameaças. Pois "a mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz". (Romanos 8.6; 12.17-21)

Como Jesus nos fez um, sejamos um pelos princípios que ele nos ensinou a amar.

Que Deus abençoe o nosso país, para que “a justiça corra como um rio perene” (Amós 5.24).

Amém! 

ASSINE A CARTA CLICANDO AQUI

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ASSINATURAS INICIAIS

Pr. Afa Neto

Pastor da Igreja Presbiteriana da Aliança em Salvador, BA

Rev. Agnaldo Pereira Gomes

Pastor presbiteriano independente, SP

Pr. Agnaldo Vieira

Pastor da Igreja Batista Esperança, RJ

Pra. Anna Eliza Simonetti Polastri de Oliveira Francisco

Pastora da Primeira Igreja Batista em Goiabeiras, Vitória, ES

Pr. Ariovaldo Ramos

Pastor da Comunidade Cristã Reformada, Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, SP

Rev. Arthur Cavalcante

Deão da Catedral Anglicana de São Paulo, IEAB-SP

Bebeto Araújo

Diretor Nacional da Missão Aliança Noruega, PR

Rev. Bob Luiz Botelho

Pastor da Igreja Antiga das Américas, PR

Pra. Camila Oliver

Pastora da Igreja Batista Nazareth em Salvador, BA

Cassiano Luz

Teólogo e Antropólogo, Diretor Executivo da Aliança Cristã Evangélica Brasileira, PR

Rev. Cláudio Márcio Rebouças da Silva

Reverendo na Igreja Presbiteriana Unida em Muritiba, BA

Pr. Claudio Ribeiro

Pastor metodista e teólogo, RJ

Pr. Clemir Fernandes

Pastor batista, RJ

Rev. Daniel do Amaral

Pastor da Igreja Presbiteriana Unida de Brasília, DF

Pr. Daniel Santos

Pastor da Comunidade Cristã da Zona Leste, SP

Daniela Frozi

Nutricionista, membro da Comunidade Presbiteriana da Barra da Tijuca - IPB, RJ

Pr. Danilo Ferreira Gomes

Pastor da Comunidade de Jesus em Salvador, BA

Darli Alves de Souza

Cientista da religião, presbítero da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, SP

Pr. David Mesquiati

Pastor da Assembleia de Deus, ES

Pr. Eliel Prueza de Oliveira

Pastor da Igreja Cristã Edificando Vidas, RJ

Pr. Edson Nunes Jr.

Pastor adventista, SP

Pr. Israel Gonzaga

Pastor da Igreja Batista Adonai, Salvador, e da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito da BA

Pr. Fillipe Gibran

Pastor da Comuna do Reino

Gilson Alves Coutinho

Presbítero da 1a. Igreja Presbiteriana Independente de São Paulo, SP

Pr. Heleénder de Oliveira Francisco

Pastor da Primeira Igreja Batista em Goiabeiras, Vitória, ES

Pr. José Barbosa Junior

Pastor da Comunidade Batista do Caminho em Campina Grande, PB

Gedeon Freire de Alencar

Cientista da Religião, Igreja Betesda, SP

Rev. Gustavo Oliveira

Deão da Catedral Anglicana do Bom Samaritano e professor da UFPE, PE

Pr. Inacio Lemke

Pastor da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil

Rev. Jonas Gonçalves

Pastor jubilado da Igreja Presbiteriana Independente

Bispo José Ildo Swartele de Mello 

Igreja Metodista Livre, SP

Joanildo Burity

Anglicano e cientista político, PE

Pr. José Marcos

Igreja Batista de Coqueiral, PE

Pr. Julio Zabatiero

Pastor e teólogo, PR

Leonardo Gonçalves

Artista

Pr. Levi Araújo

Comunidade Caverna, SP

Pr. Lúcio Mendonça da Fonseca

Pastor da Igreja Metodista, MG

Rev. Luiz Carlos Ramos

Teólogo e pastor metodista, SP

Rev. Luiz Longuini

Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, RJ

Luiz Otávio do Carmo

Músico, Presbiteriano independente, Sorocaba, SP

Pra. Lusmarina Garcia

Pastora da Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil, RJ

Pr. Kenner Terra  

Pastor Batista e Faculdade Unida de Vitória

Pr. Marco Antônio de Oliveira

Pastor da Assembleia de Deus em Jacarezinho, RJ

Bispa Marisa de Freitas

Bispa Emérita da Igreja Metodista, MG

Magali Cunha

Metodista e pesquisadora em Mídia, Religião e Política, RJ

Major Maruilson Souza

Oficial do Exército de Salvação, SP

Pr. Marco Davi

Pastor da Nossa Igreja Brasileira, RJ

Pr. Marcos Monteiro

Teólogo e Pastor Batista, PE

Pr. Nilson Gomes dos Santos

Pastor da Assembleia de Deus Ministério do Belém, SP

Nilza Valeria Zacarias Nascimento

Coordenadora da Frente Evangélica pelo Estado de Direito, RJ

Pra. Odja Barros

Pastora da Igreja Batista do Pinheiro em Maceió, AL

Pr. Orivaldo Lopes Jr.

Pastor batista e da Frente Evangélica pelo Estado de Direito, RN

Paul Freston

Sociólogo

Rev. Paulo Camara Marques Pereira Junior

Pastor da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil

Paulo Augusto Costivelli de Moraes

Presbítero, psicólogo, presbiteriano independente de Sorocaba, SP

Pr. Paulo Elias Jr.

Pastor batista, RJ

Pr. Raphael Godoi

Pastor Batista, RJ

Pr. Remy Damasceno Lopes

Pastor da Igreja Batista Central em Niterói, RJ

Pr. Ricardo Gondim

Pastor da Igreja Betesda, SP

Pr. Roberto Amorim

Pastor da Igreja Batista da Proclamação em Salvador, BA

Roberto Costa de Oliveira

Igreja Presbiteriana, PR

Pr. Robinson Jacintho

Pastor e Educador, SP

Pra. Romi Bencke

Pastora da Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil, DF

Pr. Ronan Lima

Pastor batista, RJ

Pra. Rute Ferreira Marcolino de Oliveira

Pastora da Igreja Cristã Edificando Vidas, RJ

Sarah Nigri de Angelis

Historiadora, membro da Igreja Presbiteriana Independente em Botucatu, SP

Rev. Sergio Andrade

Pastor da Igreja Anglicana da Santíssima Trindade, PE

Pr. Sérgio Dusilek

Pastor Batista, RJ

Pra. Silvéria B. de Andrade Lopes

Pastora da Igreja Batista Central em Niterói, RJ

Pra. Silvia Nogueira

Pastora batista da Convenção Batista Brasileira

Simone Vieira

Advogada e coordenadora de advocacy, PB

Suelen Abreu Agassis Ribeiro

Coordenadora da Rede Iruah, RJ

Reva. Tatiana Ribeiro

Deã da Catedral Anglicana de Brasília, DF

Profa. Dra. Valdenice José Raimundo

Pastoral da Negritude Rosa Parks, Igreja Batista em Coqueiral, PE

Pr. Valdenicio Santos de Oliveira

Pastor da Igreja Batista da Alegria em Maceió, Alagoas

Rev. Valdinei Ferreira

Pastor presbiteriano independente, SP

Pr. Valdir Steuernagel

Pastor da Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil, PR

Vanessa Barboza

Coordenadora da Rede de Mulheres Negras Evangélicas

Pra. Viviane Costa

Pastora da Assembleia de Deus em Nova Iguaçu, RJ

Pr. Vladimir de Oliveira Souza

Pastor da Igreja Cristã Redenção Baixada no Rio de Janeiro, RJ

Waneska Bonfim

Coordenação político-pedagógica de Diaconia, PE

Pr. Welinton Pereira

Pastor metodista, SP

Pr. Werner Fuchs

Ministro emérito da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil

Rev. Wertson Brasil de Souza

Pastor da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil, MG

P.r Wellington Santos

Pastor da Igreja Batista do Pinheiro em Maceió, AL

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Fonte:https://secure.avaaz.org/campaign/po/carta_aberta_evangelicos_20/?biROBib&v=142748&cl=19773566628&_checksum=ccf533404949e17114b86b690c6286d219e03d4170c9e4a62b07f73098139429

28 setembro 2022

NOSSA FÉ CRISTÃ, DEVE ESTÁ ACIMA DE QUALQUER PARTIDO OU IDEOLOGIA POLÍTICA!

28.09.2022

Do canal do pastor Irineu Messias

Por Pastor Irineu Messias

 
 
Nós cristãos precisamos evitar a todo custo colocar qualquer partido ou ideologia política, acima de nossa fé cristã.
Podemos votar em quaisquer candidatos; mas não precisamos concordar COM TODAS AS SUAS PROPOSTAS, exatamente porque nosso "modus vivendi" se ampara e se fundamenta tão-somente na Palavra de Deus.
Isso , contudo, não dar direito a que muitos lideres religiosos ( evangélicos e católicos) estão fazendo. Na prática estão "obrigando" os seus fiéis a votarem em determinados candidatos, alegando que estes defendem mais os princípios cristãos que outros. Até acho que alguns defendem mesmo alguns princípios. Mas o fazem, muitas vezes, por mero oportunismo eleitoral.
Muitos desses sequer, antes dessas e outras eleições, iam a igreja ou frequentavam cultos evangélicos.
Ora, nós estamos observando a conduta de todos os candidatos. As propostas de alguns deles até parecem concordar com nossos credos. No entanto, sua posturas, atitudes e vem demonstrando um comportamento odiento, grosseiro e até blasfemo.

A imagem da igreja evangélica vem sendo maculada, quando associada a certo candidato , posto que, seu comportamento e atitudes tem violado muitos valores cristãos, um deles o claro desprezo pela vida humana, ao incitar a violência físíca contra seu próximo.Pessoas já foram assassinadas por causa disto.

Assim sendo, nós cristãos evangélicos , somos livres para votar. Não estamos em uma ditadura. Votemos com liberdade em quer que seja; mesmo que as propostas de certos candidatos não estejam 100% alinhadas aos nossos credos.Nunca estarão. Por que? Muitos candidatos não professam o nosso credo cristão evangélico.
Estamos debatendo projetos políticos para uma sociedade plural, onde o cristianismo convive com outras religiões e até com irreligiosos.
Não precisamos da tutela do Estado para exercer a nossa fé. O Senhor Jesus Cristo começou a pregar em Jerusalém, a despeito da cólera dos judeus e da indiferença( depois perseguição ) do Império Romano.

Pregar que igrejas serão fechadas caso certo candidato ganhe as eleições, além de ser terrorismo eleitoral, ou seja, crime eleitoral, é uma grande mentira que certos líderes religiosos estão espalhando nas igrejas evangélicas.

Esses perderam o vínculo com a verdade; afastaram-se da Palavra de Deus, que nos ensina a sermos sempre verdadeiros, nunca mentirosos!
Portanto, nesta como em outras eleições vindouras, devemos votar com liberdade, em paz. Votemos sem ódio, sem violência.
Exerçamos nosso voto sem as amarras das mentiras que muitos líderes evangélicos , descomprometidos com Deus e com a Sua Palavra, estão a espalhar país afora. Deus nos guarde deles!

Não podemos abrir mão de nossos princípios, entre os quais, o de amar ao próximo como a si mesmo. Este é o segundo maior maior mandamento. O primeiro é amar a Deus sobre todas as coisas.
Deus abençoe a todos,
Pastor Irineu Messias
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Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=5yPDrzngwLI

22 setembro 2022

Associação de funcionários do Ipea aponta mais de 1.300 casos de assédio moral no governo

22.09.2022

Do portal da Agência Câmara Notícias

Procurador do Ministério Público do Trabalho destaca falta de legislação específica de combate ao assédio moral e sexual

Billy Boss/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Discutir assédio moral no mundo do Trabalho. José Celso Cardoso - PESQUISADOR DO INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA E APLICADA - IPEA.
José Celso: assédio virou uma espécie de regra no governo federal
 
Presidente da Associação dos Funcionários do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), José Celso Cardoso informou que já foram contabilizados pelo instituto mais de 1.300 casos de assédio moral no conjunto da administração pública federal desde o início no governo Jair Bolsonaro.

Segundo ele, os casos de assédio moral se multiplicaram no atual governo e, por isso, a associação criou um instrumento chamado Assedimômetro, para contabilizar esses casos. As informações foram dadas em audiência pública na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (21), sobre assédio moral no trabalho.

“O fenômeno deixou de ser exceção para constituir uma espécie de regra no governo federal”, disse José Celso. “A motivação do atual assédio não está ancorada em relações interpessoais prévias, mas vem de cima, do órgão superior, envolve muitas vezes pessoas que sequer se conhecem nas relações interpessoais de trabalho e é motivada por comandos políticos ideológicos e organizacionais de ordens superiores”, completou. Ele reiterou que se trata na maior parte das vezes de assédio institucional.

Assédio no Inpe

 José Celso citou o caso, no início do governo Bolsonaro, da demissão de Ricardo Galvão da direção do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que teria sido demitido porque o órgão que presidia era e é o responsável pela medição dos índices de desmatamento do Brasil. “Como os dados não interessavam ao governo, o presidente do órgão foi demitido. É um caso clássico de assédio institucional”, disse. Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro criticou o Inpe e declarou que os dados sobre desmatamento faziam “campanha contra o Brasil”.

De acordo com o pesquisador, casos assim se repetiram, por exemplo, no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na Fundação Nacional do Índio (Funai), no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), entre outros.

Na visão de José Celso, o assédio virou método do governo para desconstruir a capacidade de atuação de órgãos públicos em campos contrários ao projeto político do governo, e atingiu sobretudo os setores ambiental, de educação e de cultura.

Billy Boss/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Discutir assédio moral no mundo do Trabalho. Dep. Erika Kokay PT-DF
Deputada Erika Kokay: "Há um processo de assédio institucional"

Assédio institucional

A deputada Erika Kokay (PT-DF), autora do requerimento de realização da audiência, disse que a solicitação para o debate foi feita por diversos servidores e empregados de órgãos e empresas públicas, como da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Educação. Ela reiterou que não são casos isolados e que atualmente há um processo de assédio institucional, para que os órgãos não cumpram suas funções. “Nós temos na Funai uma política anti-indigenista; no Ministério do Meio Ambiente, uma política anti-ambientalista, na Fundação Palmares, uma política racista”, citou.

Segundo ela, os servidores resistem para que o Estado de fato cumpra suas funções, e há muita perseguição, por exemplo, por meio da investigação das pessoas nas redes sociais. O assédio moral, segundo ela, se manifesta por meio da prática de violência psicológica, em que a pessoa é submetida a formas de constrangimento, humilhação e exposição pública vexatória.

Falta de legislação
Secretário-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do DF (Sindsep-DF), Oton Pereira Neves ressaltou que não existe uma legislação definindo penas para o assédio moral e pediu a Erika Kokay que uma proposta com esse fim fosse discutida na Câmara. Ele citou caso de servidores do Ministério da Educação (MEC) que, durante o período de trabalho remoto na pandemia de Covid-19, foram obrigados a ficar o tempo todo com a câmera ligada em suas casas no horário laboral.

Representante do Ministério Público do Trabalho, o procurador Paulo Neto explicou que o órgão tem um núcleo específico de combate ao assédio moral, sexual e discriminação. “Realmente os casos estão aumentando muito”, confirmou. “A média anual de denúncias no Ministério Público é de mais 5.500 casos no Brasil inteiro”, disse. “É algo que já acontecia, mas talvez esteja vindo mais à tona, porque está havendo debates e condenações na Justiça, e isso inclusive é um efeito que a gente busca: o efeito pedagógico da condenação”, avaliou.

O procurador também alertou que falta legislação específica para o assédio moral. Hoje, destacou, o MPT recorre aos próprios princípios da Constituição para tratar dos casos, como os que garantem a integridade psíquica do trabalhador e o tratamento não vexatório, mas ainda é preciso uma legislação mais clara. Ele frisou que dois projetos de lei em tramitação no Senado têm o objetivo de tipificar o crime do assédio moral, mas ainda não foram aprovados.

Erika Kokay concordou com a necessidade de uma legislação completa sobre o tema e se comprometeu com a construção de uma proposta nesse sentido. Ela também vai propor grupo de trabalho na Comissão de Trabalho sobre o tema.

Advogado do Sindicato dos Servidores Públicos Federais, Ulisses Borges de Resende observou que o assédio moral é um abuso, e a Lei 13.869/19 define e estabelece penas para os casos de abuso de autoridade, inclusive a perda do cargo. “Temos que usar essa ferramenta”, sugeriu. “Isso tem servido de antídoto muito forte para o assédio’, completou.

Billy Boss/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Discutir assédio moral no mundo do Trabalho. Mariel Angeli Lopes - PESQUISADORA DO DIEESE - DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS.
Mariel Lopes defendeu que Brasil ratifique Convenção da OIT sobre assédio no trabalho
Convenção da OIT 
A pesquisadora Mariel Angeli Lopes, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), sugeriu que o Brasil ratifique a Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata de violência e assédio moral no ambiente do trabalho e já foi ratificada por 10 países. Ainda segundo ela, deve-se fortalecer a negociação coletiva e a presença dos sindicatos nas empresas e órgãos, para se assegurar a possibilidade de trabalhadores se colocarem contra essas situações.

Erika Kokay acrescentou que devem ser criados fluxos dentro do ambiente de trabalho para a denúncia do assédio e resposta da empresa ou órgão, com responsabilização do autor da prática e reparação da vítima.

Assédio na EBC

 Representante dos empregados no Conselho de Administração da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a jornalista Kariane Costa relatou casos de censura e “governismo” promovidas pela direção da empresa desde o início do governo Bolsonaro. A EBC é responsável, por exemplo, pelos meios de comunicação públicos TV Brasil e pela Agência Brasil, e, conforme salientou Kariane, não pode sofrer interferência e ingerência de nenhum governo.

Segundo ela, o assédio moral na empresa inclui ainda vigilâncias em redes sociais privadas dos funcionários, transferências arbitrárias e isolamento de funcionários que são dirigentes sindicais. Além disso, pautas irrelevantes são direcionadas a repórteres perseguidos e apelidos jocosos são atribuídos a elas. Ela apontou ainda que funcionários estão afastados por problemas de saúde mental, inclusive ela mesma.

Após denunciar 12 gestores na ouvidoria da empresa, no processo de investigação interna na empresa, ela passou de denunciante a denunciada, acusada de cometer injúria, calúnia e difamação contra esses gestores. Foi pedida a demissão dela por justa causa, enquanto a denúncia feita por ela não teve prosseguimento.

Felipe Couto/Câmara dos Deputados
Audiência Pública - Discutir assédio moral no mundo do Trabalho. Kariane Costa Silva de Oliveira - JORNALISTA
A jornalista Kariane Costa foi perseguida por denunciar assédio na EBC

Caixa e Embrapa

Representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, por sua vez, prestou solidariedade às funcionárias que denunciaram o assédio sexual do ex-presidente do banco, Pedro Guimarães. Conforme ela, ao tornar públicas as denúncias, elas fazem com que a sociedade e órgãos da Justiça se debrucem sobre os casos e evitem que as situações se repitam.

Presidente da Federação dos Empregados da Caixa Econômica Federal, Sérgio Takemoto lembrou que o ex-presidente também praticava assédio moral, por exemplo, ao pedir que servidores fizessem abdominais. Na visão dele, o assédio é política governamental para acabar com a resistência dos trabalhadores às políticas do governo. Ele apresentou dados de pesquisa realizada pela federação no final do ano passado mostrando que 66% dos entrevistados (mais de 3 mil funcionários) já tinham presenciado assédio moral e 56% já tinham sofrido assédio.

Dione Melo da Silva ressaltou que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tem uma história e uma trajetória “amarga” de assédio, antes mesmo do atual governo. Representante do Sindicato Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), ela afirmou que “o assédio moral é cultural na empresa, ele é permitido, ele é institucionalizado e ele é visto como coisa normal”.

De acordo com Dione, o assédio atinge especialmente representantes de pessoal e sindicalistas, e as palavras que o sindicato mais ouve de funcionários da empresa são “medo, retaliação, desesperança e adoecimento”.

Reportagem – Lara Haje
Edição – Roberto Seabra

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Fonte: https://www.camara.leg.br/noticias/909591-associacao-de-funcionarios-do-ipea-aponta-mais-de-1-300-casos-de-assedio-moral-no-governo/

21 setembro 2022

Audiência apresenta sugestões para combater desmatamento e invasões

21.09.2022

Do portal da AGÊNCIA SENADO

Por Agência Senado

Comissão de Meio Ambiente (CMA) realiza audiência pública interativa para avaliar os impactos ambientais gerados pela ocupação ilegal de áreas públicas pela Política de Regularização Fundiária do Governo Federal, com foco especial na Amazônia Legal.  Mesa: presidente eventual da CMA, senador Fabiano Contarato (PT-ES); procurador da República e representante do Projeto Amazônia Protege do Ministério Público Federal (MPF), Daniel Azeredo.  Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado A Comissão de Meio Ambiente (CMA) fez nesta quarta-feira (21) a sua segunda audiência pública sobre regularização fundiária. Desta vez, os convidados falaram sobre ferramentas e medidas para combater o desmatamento em terras tituladas e impedir a regularização de terras invadidas.

A comissão escolheu o tema da regularização para a sua análise de políticas públicas deste ano. A sugestão foi da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA).

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) presidiu a audiência. No início do evento, ele registrou que no dia 21 de setembro se comemora o Dia da Árvore e aproveitou a data para criticar o "enfraquecimento" dos órgãos de controle ambiental, como o Ibama e o ICMBio. 

O procurador Daniel Azeredo, do Ministério Público Federal (MPF), apresentou o trabalho do projeto Amazônia Protege, conduzido por membros do órgão. Ele afirmou que, com o uso de tecnologias já disponíveis para as autoridades brasileiras, é possível identificar e punir propriedades desmatadoras sem precisar ir a campo. Isso se deve ao monitoramento por satélite e à catalogação territorial feita por diversas iniciativas do poder público e do terceiro setor.

— Cada desmatamento tem um nome, uma certidão de nascimento. A gente consegue, pela tecnologia que tem hoje, até prever onde a área será desmatada, porque tem uma lógica de expansão nessas regiões. Um laudo mostra como estava a área antes e como está a área após o desmatamento. Isso gera um processo judicial sem ida a campo, sem gasto com recursos públicos de diárias, de deslocamento físico, sem risco. Conseguimos iniciar uma ação judicial unicamente com essa informação.

Essa tecnologia, segundo ele, permitiria também gerar uma “tarja preta” sobre propriedades desmatadoras. O benefício disso seria contornar a prática de colocar o terreno em nome de laranjas e vincular o desmatamento ilegal diretamente à propriedade, identificada por coordenadas geográficas.

Azeredo defendeu também a aplicação da tese do réu incerto para esses casos. Segundo explicou, essa tese é usada em casos de invasão de propriedade: quando não é possível identificar todos os invasores individualmente, ajuiza-se uma ação contra todos.

— Por que a gente não faz isso para proteger o meio ambiente? “Olha, eu não sei quem está lá, mas eu sei que tem gente lá, nessa coordenada, latitude e longitude”. Todo mundo que está nessa área tem que sair. Se eu encontrar alguma produção, eu vou apreender ou destruir. Essa área é patrimônio público, ela não pode sofrer regularização fundiária. O patrimônio tem que voltar para o Estado brasileiro.

Gestão

Bastiaan Reydon, professor aposentado de economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), defendeu a importância de tornar mais eficiente a gestão de terras públicas no Brasil. O primeiro passo seria criar um cadastro unificado, algo que ainda não existe.

— A administração fundiária brasileira é bastante caótica. Temos um número grande de órgãos que se responsabilizam por diferentes aspectos e que não conversam, não estão articulados. O Estado brasileiro precisa assumir seu papel gestor de terras, e isso tem que ser acima dos ministérios. Se não sabemos onde está o nosso território, não conseguimos fazer nada.

Além disso, os próprios cadastros de terras tituladas precisam ser aprimorados, segundo ele. Os principais são o Sistema de Gestão Fundiária (Sigef) do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Cadastro Ambiental Rural (CAR) do Ministério da Agricultura.

— O Brasil foi constituído através da pura ocupação. Nós fomos ocupando e regularizando. O CAR é totalmente autodeclarado. O Sigef tem uma ligação com o direito. Quando completarmos esse cadastro, vamos ter muito mais condições de estabelecer regras para o uso da terra no país. Vamos poder fazer política de uso da terra, cobrar o imposto, ter como indenizar quando alguém precisa ser indenizado, ter clareza de quem é dono, quem tem os direitos e os deveres sobre a terra. É isso que precisamos construir.

Fonte: Agência Senado

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Fonte:https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2022/09/21/audiencia-apresenta-sugestoes-para-combater-desmatamento-e-invasoes?utm_campaign=noticias&utm_medium=WebPush&utm_source=senado-noticias

Lista enorme de milhares de certificados e crachás gratuitos

21.09.2022

Do portal  CLASS CENTRAL

Milhares de cursos com certificados e crachás gratuitos de universidades, empresas e organizações sem fins lucrativos em todo o mundo. 

Neste artigo, a equipe do Class Central se uniu para compilar a maior coleção de cursos de certificados gratuitos disponíveis online.

Os certificados podem ser incentivos importantes para os alunos se matricularem em cursos online e concluí -los. No início do movimento moderno de cursos online, grandes plataformas como Coursera, edX e Udacity ofereciam certificados gratuitos. Mas em 2015, os certificados pagos substituíram amplamente os gratuitos .

No entanto, universidades como Harvard e Stanford ainda fornecem alguns certificados gratuitos. E também plataformas como Coursera e FutureLearn de tempos em tempos. Por fim, empresas como Google e Microsoft também começaram a oferecer certificados gratuitos para promover seus produtos.

Para acompanhar os certificados gratuitos espalhados pela web, compilamos a lista abaixo. E continuaremos atualizando-o à medida que descobrimos novas ofertas de certificados gratuitos. Se você souber de mais, compartilhe nos comentários!

Links Rápidos

As seguintes plataformas, empresas e universidades oferecem cursos de certificação gratuitos. Clique em um para pular para a seção correspondente e ver suas ofertas:

Mais cursos online

E se você não encontrar o que precisa na longa lista abaixo, navegue pelo extenso catálogo de 90.000 cursos online da Class Central ou dê uma olhada em nossas coleções selecionadas:

Para ver todas as nossas compilações, visite Class Central's Collections .

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OBS: Imagem do Perfil de Rui Ma Imagem do perfil de Heba Ledwon Manoel Cortes Mendez Imagem do Perfil Imagem do perfil de Suparn Patra Rui Ma, Heba Ledwon, Manoel Cortes Mendez& Suparn Patra

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Fonte:https://www.classcentral.com/report/free-certificates/

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