23.03.2024
O Massacre de Sharpeville, ocorrido em 21 de março de 1960, é um dos episódios mais trágicos e marcantes da luta contra o apartheid na África do Sul. Naquele dia, a polícia sul-africana abriu fogo contra uma multidão de manifestantes negros desarmados na cidade de Sharpeville, matando 69 pessoas e ferindo outras 180
A manifestação foi organizada pelo Congresso Pan-Africano (PAC), um grupo dissidente do Congresso Nacional Africano (ANC), que convocou um protesto nacional contra as leis do passe do apartheid. Essas leis obrigavam os cidadãos negros a portar documentos (“passes”) que restringiam sua liberdade de movimento.
Cerca de 20.000 negros se reuniram perto de uma delegacia em Sharpeville, localizada a cerca de 50 km ao sul de Joanesburgo. Após alguns manifestantes, segundo a polícia, começarem a atirar pedras nos oficiais e em seus carros blindados, os policiais responderam com tiros de metralhadora. Entre as vítimas, havia mulheres e crianças
O massacre resultou na declaração de estado de emergência na África do Sul, com mais de 11.000 pessoas detidas, e na proibição do PAC e do ANC. O incidente atraiu críticas internacionais e colocou o foco da comunidade mundial nas políticas de apartheid do país
Após o fim do apartheid, o presidente Nelson Mandela escolheu Sharpeville como o local onde, em 10 de dezembro de 1996, ele assinou a nova constituição do país, marcando uma nova era de direitos humanos e liberdade
O Massacre de Sharpeville não foi apenas um ponto de virada na luta contra o apartheid, mas também um momento que ressoou em todo o mundo, destacando a brutalidade do regime segregacionista. A data do massacre, 21 de março, é agora comemorada como o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial, reafirmando o compromisso global com a justiça e a igualdade
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Fonte:https://twitter.com/viagempassado/status/1770891793531314481
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