30.06.2023
Publicado por Irineu Messias
Introdução:
As igrejas evangélicas têm desempenhado um papel significativo na sociedade brasileira, além de serem um fenômeno de grande relevância social. Neste ensaio, exploraremos a perspectiva do antropólogo brasileiro Juliano Spyer em sua obra, assim como outras referências, para analisar como as igrejas evangélicas se tornaram um estado de bem-estar social informal no contexto brasileiro.
O crescimento dos evangélicos no Brasil:
Desde as últimas décadas, o Brasil tem testemunhado um crescimento exponencial do número de evangélicos. De acordo com dados do Censo Demográfico de 2010, eles representam cerca de 22% da população brasileira. Juliano Spyer, em seu livro "Redes Sociais na Internet e Religião: Um estudo sobre a Igreja Universal do Reino de Deus", destaca a importância das redes sociais na expansão dessas igrejas, que utilizam estratégias eficazes de evangelização.
A influência na esfera social:
As igrejas evangélicas brasileiras estabeleceram-se como instituições capazes de preencher lacunas deixadas pelo Estado em áreas como saúde, educação e assistência social. Elas oferecem uma ampla gama de serviços, incluindo creches, escolas, clínicas médicas e programas de apoio a famílias carentes. Essas iniciativas têm um impacto significativo nas comunidades em que estão presentes.
As estratégias de captação de recursos:
Para sustentar suas atividades, as igrejas evangélicas dependem das doações dos fiéis. Juliano Spyer, em sua pesquisa, ressalta a importância da contribuição financeira como um elemento central na relação entre a igreja e seus membros. Além disso, muitas igrejas adotam estratégias inovadoras, como a utilização de tecnologias digitais.
Para sustentar suas atividades, as igrejas evangélicas dependem das doações dos fiéis. Juliano Spyer, em sua pesquisa, ressalta a importância da contribuição financeira como um elemento central na relação entre a igreja e seus membros. Além disso, muitas igrejas adotam estratégias inovadoras, como a utilização de tecnologias digitais para promover o dízimo online, o que facilita a arrecadação de recursos e alcança um número maior de fiéis.
A rede de apoio social:
As igrejas evangélicas proporcionam um senso de pertencimento e comunidade aos seus membros. Por meio de cultos, eventos e atividades sociais, elas criam redes de apoio que ajudam a mitigar os problemas sociais enfrentados por muitos brasileiros. Essa rede de apoio pode ser especialmente valiosa em comunidades carentes ou em situações de vulnerabilidade social, onde o Estado nem sempre consegue chegar de forma efetiva.
As igrejas como agentes de transformação social:
Algumas igrejas evangélicas desempenham um papel ativo na busca por melhorias sociais e mudanças políticas. Elas incentivam o engajamento político de seus membros, e líderes religiosos frequentemente participam de debates e manifestações em temas relevantes para a sociedade. Essa atuação pode tanto fortalecer a democracia ao dar voz a diferentes segmentos sociais, como também criar tensões e polêmicas em certas ocasiões.
Os desafios e críticas:
Apesar dos benefícios e serviços prestados, as igrejas evangélicas informais também enfrentam críticas e desafios. Algumas dessas instituições podem ser acusadas de exercer um controle excessivo sobre a vida de seus membros, além de explorar emocionalmente e financeiramente os fiéis. Além disso, a falta de uma regulamentação adequada pode levar à má utilização dos recursos financeiros e à falta de transparência nas atividades dessas organizações.
Conclusão:
As igrejas evangélicas, além de desempenharem um papel espiritual, tornaram-se um estado de bem-estar social informal na sociedade brasileira. Seu crescimento, influência e papel na oferta de serviços sociais são inegáveis. Contudo, é necessário que haja um equilíbrio entre o bem social que proporcionam e a necessidade de garantir transparência, responsabilidade e respeito aos direitos individuais dos fiéis.
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